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terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Um tiquinho de Londres

Sempre que volto a Londres me apaixono. Não tem como não se envolver com uma cidade cheia de brilho e esplendor como a capital da Inglaterra. Me chama muita atenção os guardas que ficam em frente ao Palácio de Buckingham com aquelas roupas nobres e chapeis vermelhos enormes que parecem ser de veludo na cabeça por conta do frio, bem como as pessoas que andam pelas ruas sempre buscando algo de mágico acontecer a cada piscada de olhos. 

É incrível observar os detalhes da cidade. Sempre me surpreendo. O metrô é uma das coisas que mais me deixa encantada. Quando morei lá não tive essa percepção. A velocidade com que ele funciona e deixa milhares de passageiros diariamente é magnifico. É muito eficiente e elegante sua engenharia. A rapidez com que você se desloca chegando a lugares distantes é surpreendente. Amo! É fabuloso entrar e sair dele. Passear! Contemplar as pessoas. É interessante ver dentro dos vagões gente do mundo todo: japoneses, italianos, asiáticos, australianos e europeus, sentados lendo, comendo sushi, sanduíche, falando ao telefone, digitando no celular, conversando entre si. Se olham e se cruzam sem se tocar, se esbarrar, se falar muitas vezes. Desconhecidos visitantes de um local misterioso que circula milhares de pessoas diariamente.

Me lembro quando fui visitar uma amiga no sul da cidade que sentei ao lado de uma coreana que lia um livro todo em japonês. Perguntei a ela como era o vocabulário da língua, pois quando vi aquele tanto de desenhos, não entendi uma palavra do que o livro podia dizer. Ela me explicou que as palavras muitas vezes são representadas por símbolos. Por exemplo, você consegue escrever uma frase que não necessariamente vai ter um significado específico como em: "Eu gosto de ouvir música". Usamos cinco palavras. Em japonês você pode dizer essa frase usando dois símbolos apenas. A conjectura e ordem como as palavras são combinadas são completamente diferentes do português, espanhol, latim. A origem da língua não tem nada a ver com a nossa. Creio que se assemelha-se mais ao inglês. É mais simples, prático e objetivo.

A língua portuguesa tem muitas palavras para um objeto. Por conta da quantidade de regiões que o Brasil possui e por obter uma variedade enorme de população, as microrregiões que possuímos acabam criando etimologias para várias palavras como acontece com a mandioca que é macaxeira e também aipim. Três significados para uma única palavra. Um estrangeiro que vai aprender a estudar a língua tem bastante dificuldade em entender essas peculiaridades.

O Brasil possui hoje um território de 8.516.000 km² com um total de 209 milhões de pessoas. A Finlândia que hoje tem um dos melhores índices de educação possui apenas 5.503 milhões de pessoas em um espaço de 338.424km². Já o Japão que possui quase metade da população do Brasil, com 126 milhões de pessoas, concentra seu povo em uma Ilha com 377.972 km². Mais fácil de organizar. rsrs. Três grandes países que possuem idiomas completamente diferentes e que se destacam por serem desenvolvidos, estarem em crescimento, ascensão. Eles se justificam, se explicam, em números e estatísticas econômicas, produtivas e científicas, por conta da sua idade e pelas transformações que sofreram e sofrem. O idioma e uma das suas característica.

O fato é que a incrível Inglaterra ilumina as grandes mentes que vivem por lá e saem de lá. Quando fui a Cambridge, pequena cidade do interior visitar um amigo, me deparei com o parque aonde o cientista Alan Turing corria quando morava lá e queria descansar da rotina dos estudos dos colégios aonde estudou. As universidades imensas mais parecem monumentos, castelos a céu aberto, antigos e construídos a dezenas de anos. Elas deixam qualquer um deslumbrado com o acabamento e capricho como foram construídas. A história se faz presente em cada esquina da cidade. Fui a um Pub que produzia cervejas artesanais e fiquei perplexa com a qualidade da produção. Vários galões e tanques enormes num local pequeno e acolhedor. Foi uma delícia sentar no bar e confraternizar com os estrangeiros um pouco da experiência da pesquisa e desenvolvimento que eles faziam por lá.

Além disso, não satisfeita com os passeios que fiz ao interior, me desfrutei da biblioteca gigante de cinco andares localizada no centro de Londres. Considerada uma das maiores do mundo, a British Library reúne periódicos do mundo todo e permite a estudantes compartilharem conhecimento e leitura em cada canto do espaço.

Sempre que volto de lá deixo um pedaço do meu coração. Parte de mim fica na cidade maravilhosa cheia de milagres escondidos que encanta e agrega todos que lá chegam.

Londres, sua linda. Cuida dos meus amigos que aí deixei que qualquer dia eu volto pra te ver. Love u. Um cheiro e um queijo.






















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