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terça-feira, 8 de dezembro de 2020

“Estamos em negociação sobre a transferência de tecnologia da vacina para 2021”

“Cerca de 200 milhões de doses estão previstas para o segundo semestre do ano que vem” 

Presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, fala sobre os resultados das pesquisas sobre a vacina, no Brasil 

Câmara dos Deputados faz reunião técnica para falar sobre o assunto


“Testes de Covid-19, capacitação de exames e ensaios clínicos foram feitos para apoiar os estudos e investimentos na vacina. Cerca de R$ 269.402.660,15 foi enviado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) por meio do Congresso Nacional oriundos do Tesouro Nacional. Cerca de R$ 102.939.816,12 foram investidos em produção de doses de vacina, totalizando um saldo de R$ 3.605.228.196, 97”. 

O balanço dos dados acima foi apresentado pela presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, na reunião que aconteceu na semana passada, dia 2 de dezembro, na Comissão Externa da Câmara dos Deputados. A presidente falou sobre os números e dados que o governo federal disponibilizou, esse ano, para pesquisa à Fundação.  

Os testes da vacina no Brasil começaram em fevereiro de 2020. Desde então, os institutos de pesquisa das Universidades, hospitais e Indústrias vêm se empenhando em analisar a melhor maneira de conseguir a vacina em combate ao Covid-19. 

O deputado Miguel Lombardi (PL/SP), membro da Comissão de Seguridade Social e Família, defende que a comunicação entre o Parlamento e Instituições de Pesquisa nesse momento em que a vacina está em fase de finalização de estudos é super importante.

A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, falou da importância que a Instituição vem dando em relação à saúde pública da população. “Esse momento é de reflexão e precisamos ter a ciência de que é fundamental termos resultados efetivos da vacina”, assegura.

As estratégias de atenção à saúde foram intencionadas nesse período de trabalho da Fundação com os laboratórios bem como toda parte de treinamento de pessoal. Cerca de 40 mil testes foram feitos por dia. No Estado do Paraná foram 630.604, em São Paulo 484.231 e no Rio de Janeiro, 155.589 testes. “Para 2021 estamos em negociação para a transferência de tecnologia e cerca de 210,4 milhões de dose de vacina para o segundo semestre do ano que vem”, garante Nísia.  

Segundo a presidente ainda, a fase 4 da vacina seria a de farmácia quando o medicamento estiver pronto. 

O deputado Luizinho Junior (PP/RJ), coordenador da Comissão Externa em combate ao vírus da Câmara dos Deputados, falou sobre o apoio que a Fiocruz está tendo em relação aos estudos que estão sendo feitos para a vacina. 

O vice-presidente da Fiocruz, Marco Krieger, disse que os estudos clínicos realizados feitos pela Universidade de Oxford foram publicados pela primeira vez em junho desse ano em uma revista estrangeira com os primeiros resultados eficazes e, mostrou dados dos estudos feitos com a vacina no mundo todo.  


O secretário executivo do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS), Jurandir Frutuoso, disse que o Brasil, embora seja grande, vai ter as vacinas do Covid-19 para a população, nas cidades e municípios. “Vamos garantir que a vacina chegue aos Postos de Saúde de todo o país”. 




sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

Congresso Internacional de Preservação da Memória Institucional reúne especialistas em história nacional e arquivo

Câmara dos Deputados debate Estratégias para o Século 21

Deputado Miguel Lombardi (PL/SP) falou da importância de falar sobre história no Parlamento 


“O tempo de guardar os arquivos tecnológicos acerca do que acontece com as informações da casa e o que acontece no dia a dia são diferentes um do outro e o nosso desafio hoje é preservar isso sem perder a qualidade do que foi produzido”. Explica José Raimundo Filho, servidor do Serviço de Preservação Digital da Câmara dos Deputados. 

Segundo José, os acervos da casa, bem como os documentos digitais são todos centralizados e definidos em conceitos próprios que devem ser preservados unicamente como exclusivo. Os documentos são cultivados seguindo uma base de dados de informações específicas. Por meio do Serviço de Preservação Digital que a casa tem é possível arguir melhor as soluções em documentos preservados. 

José destaca ainda que existe um modelo de governança que permite organizar a logística de trabalho e os documentos digitais, todos eles, desde folhas de pagamento até as folhas taquigráficas do que acontece nos Plenários da casa, rádio e TV Câmara, por exemplo. 

O deputado Miguel Lombardi (PL/SP) disse que a história e a cultura do país são responsáveis pela formação da identidade do cidadão. “Falar sobre a memória da história do parlamento e do país em um momento como esse, de pandemia, aonde as redes sociais têm sido uma grande aliada também é super importante pois, ajuda a esclarecer à população sobre os cuidados que damos à informação”, garante o parlamentar. 

Já Raquel Reis, arquivista da equipe de Permanência Digital da Coordenação-Geral de Gestão de Documentos do Arquivo Nacional (COGED/AN), falou sobre o serviço que desenvolvem. “Somos responsáveis pela guarda da preservação de documentos arquivísticos digitais no Brasil. O Arquivo Nacional, normalmente, recebe os arquivos nos formatos específicos como PDF, Word e os organiza, adequadamente”. 

Segundo Raquel, o Arquivo Nacional recebe os documentos dos órgãos públicos, arruma eles em uma base de dados, em ordem de classificação de origem e, os salva. 

Em contrapartida, o sistema de preservação de arquivos digitais do Senado Federal dispõe de outros métodos de preservação como a guarda de processos eletrônicos administrativos, legislativos e de sistema de negócios. Segundo Kristianno Medeiros Viana, Chefe do Serviço de Processo Eletrônico do Senado Federal, alguns dos documentos que são arquivados devem ser preservados de maneira permanente. 

Segundo ele, a comunidade científica também exige que o Senado deve dar ciência acerca dos dados e transparência acometidos. “Em parceria com a Universidade de Brasília (UnB) desenvolvemos a instalação de ferramentas e o relatório de análise de sistemas”. 

Kristianno explica ainda que a operabilidade de funções que acontece entre os sistemas da casa ocorre de maneira integrada entre os departamentos, como Recursos Humanos, Contabilidade e Preservação. “O padrão de metadados, vocabulário e formatos dependem muito do tempo, esforço e recurso que inserimos na cadeia de custódia digital”.

Segundo Jorge Prado, presidente da Federação Brasileira das Associações de Bibliotecários, Cientistas da Informação e Instituições (FEBAB), a Agenda 2030 como estratégia de Aproximação entre Bibliotecas e Sociedades, defende que a comunicação entre órgãos e academia deve ser mais próxima bem como o alinhamento da memória entre ambos. “Precisamos unificar os trabalhos que culturalmente preservamos e pensar de maneira sistêmica”, explica Jorge Prado.

As duas casas, Câmara e Senado Federal dispõe de bibliotecas para toda comunidade. A Biblioteca da Câmara dos Deputados tem um espaço chamado “Encontro com o Autor” que reúne servidores da casa de diversos gêneros literários e convidados. Segundo Janice de Oliveira, diretora da Coordenação de Biblioteca da Câmara dos Deputados (COBIB), o Instagram faz Lives e reúne pessoas com informações dos livros publicados em tempo real falando de literatura, atualidades e legislação. 

Já a biblioteca do Senado Federal reúne vários exemplares de periódicos nacionais e internacionais. Segundo Patrícia Coelho, coordenadora da Biblioteca, há uma Coleção de escritores do Brasil que reúne dezenas de leitores participantes.  

O Congresso Internacional será realizadas ainda nos dias 7 e 8 de dezembro, a partir das 9 horas, e poderá ser acompanhado ao vivo pelo canal da Câmara dos Deputados, no YouTube e pelo portal e-Democracia.