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terça-feira, 2 de junho de 2020

Vacina contra o COVID-19 poderá estar vigente em Julho

 

Multinacional farmacêutica faz testes em pacientes na Alemanha e Estados Unidos e diz que no próximo semestre provavelmente haverá resultados positivos


“A ciência já mudou a história da humanidade e ajuda a melhorar a situação de momentos que foram devastadores na história do passado. É normal a sociedade buscar entender o que está acontecendo e respostas. A comunidade científica já têm resultados que foram enviados ao presidente da república, Jair Bolsonaro e ao Ministério da Saúde”, garante Carlos Murillo, presidente da Pfizer Brasil, empresa farmacêutica multinacional responsável por soluções em medicamentos.

Murillo explica ainda que a solução de resultados que se está tendo hoje exige muito trabalho e por isso encontra-se ainda em andamento. “Uma coisa é trabalhar nela, vacina, e a outra é em como ela vai chegar às farmácias. Por isso, é importante o alinhamento de nós, empresa, com o governo”, avalia.

A Comissão Externa, em combate ao novo coronavírus da Câmara dos Deputados, se reuniu no dia 27 de maio de 2020, no Congresso Nacional, para debater os avanços das pesquisas para o desenvolvimento de imunização para a Covid-19.

O presidente da Comissão, deputado Luiz Antônio Teixeira (PP/RJ), questionou a aplicabilidade dos fatos e como a produção de vacinas se dará para efeito da população.

Carlos Murillo garante ainda que está estudando junto ao governo brasileiro estabelecer essa ação e que muito em breve com o presidente da República, Jair Bolsonaro vai  verificar esta medita.

Em seguida, a médica Sheila Homsani, diretora Médica na Sanofi Pasteur do Brasil, falou que agora é o momento mais importante para se encontrar a vacina.

“A sequência genética que encontramos no coronavírus é um vírus que é encontrado em artrópodes como borboletas e mosquitos e, esse vírus, o “baculovírus”, é quem “estressa” as proteínas que quando é copiado, consegue reagir de maneira positiva ao que pretendemos obter”, explica Sheila. Ela disse ainda que ele, o vírus, trabalhando junto com um coadjuvante, pode resultar em bons efeitos.

As pesquisas tecnológicas variam e embora modernas elas tem de trabalhar juntas. O RNA mensageiro, por exemplo é a receita do bolo para quando copiamos as células do coronavírus, pois ele reage em defesa do sistema imunológico. Ou seja, se conseguirmos parcerias com inteligências artificiais poderemos encontrar ainda mais soluções, rápidas, para tratar o COVID-19.

Para entender melhor, o RNA mensageiro (RNAm) tem a função de orientar a síntese de proteínas, estruturas cujo o papel central em todos os seres vivos é a manifestação das características hereditárias contidas no DNA, ou seja, ele busca informações no DNA original do vírus para em seguida passar para o RNA mensageiro, que vai agir de forma eficiente no organismo. 

O pesquisador Emérito da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), doutor Akira Homma, disse que o Brasil não tem uma vacina ainda para aplicar e que eles estão trabalhando para que isso aconteça o mais rápido possível. “Em acordo com o ministério da Saúde, as análises técnicas estão sendo detalhadas para que junto com os processos produtivos das análises científicas, como tamanho de frascos, modelos de entrega, possam se aplicar as vacinas”, explica.

Em contrapartida, o diretor do laboratório de imunologia do Incor, professor Titular da Faculdade de Medicina da USP e diretor do Instituto Butantan, doutor Jorge Kalil, explica que embora hajam vários estudos para a busca da vacina, não haverá uma vencedora e sim aquela que poderá ajudar a população. Ele falou que para uma vacina ser inteiramente pronta ela leva tempo e ele duvida que haja em tão pouco tempo uma habil para uso efetivo nas pessoas. “Os testes em humanos poderão ser feitos ano que vem”, diz Kalil.

Ele defendeu que os resultados devem, para ser efetivos, publicados em revista científicas. “Sabemos como isso funciona. É demorado. O acesso a tecnologia, sem dúvida, podemos trabalhar para isso aconteça, mas uma vacina de RNA ainda não existe e por isso, não sabemos se vai funcionar”, afirma.

Ele lembrou ainda que o Brasil não faz parte do Fórum das Nações Unidas que debate o combate ao coronavírus. “Isso é péssimo pra gente”, afirma.

Próximo ao que a Comissão defende o Projeto de Lei de número 2180/20 do deputado Miguel Lombardi (PL/SP) onera a Administração Pública acerca do momento que é a pandemia aonde ele pede que governadores e prefeitos a divulgarem de forma ampla todas as compras e contratações da Administração Pública durante esse período.

Já o Projeto de Lei 468/19 do deputado Luiz Antônio Teixeira (PP/RJ) fala da criação do cartão de vacinas para que as pessoas possam acessar em tempo real as vacinas realizadas no posto de saúde.


Números do COVID-19 no mundo

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), existem hoje no mundo confirmados, cerca de 5.488.825 casos de pessoas com o COVID-19.

Nas américas somam-se 2.495.924 mil e no Brasil, somente na região Sudeste aonde concentram-se o maior números de casos, 144.446 mil.








Fontes: Comissão Externa de Ações Contra o Coronavírus da Câmara dos Deputados Organização Mundial da Saúde (OMS) e Ministério da Saúde (MS)

Site do MS: https://covid.saude.gov.br/ Site da OMS: https://www.who.int/emergencies/disea... Site da Câmara dos Deputados: https://www.camara.leg.br/

Link para o Canal "Café Com Letras" do Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=Ql7Bhzu1HzY

Elô Bittencourt