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quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Melancolia


Por vezes a vida anda junto com a ilusão
Ambas se encontram no cenário do desastre
No caótico do presente

O Delinquente não contente ganha a vida
Tenta fazê-la colorida

A menina renascida se fragiliza, se mobiliza
É fúria de dor
Triste esplendor
Frio e calor

Ela quer silêncio, quanto lamento
Quer morrer, florescer
Quer ferver, brilhar ao luar

Se frustra com a vida medíocre
Se aprisiona num murmúrio constante
Da inércia do homem amante
Se lamenta em palavras dançantes

Se abala em choro acerca do ser humano ideal
Desespero por ser parte desse cenário banal
Pra ser é preciso coragem
E preciso ter força
É preciso ter garra
#fora farsa

E nisso o homem se agarra
Na ilusão do sonhar
No criar da mágica
Na poesia sofrida
Sentida e traduzida














quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Vida, arte, música e poesia


O ano se aproxima do fim. Começam as amigas nostalgia e crença a questionar o que você fez de útil, o que contribui para a sociedade. Usou seu tempo da melhor maneira? Contribuiu suficiente aos seus e aos amigos como deveria? Afinal, isso importa?

Importa servir àqueles que são próximos a nós. De certa forma, nos conforta o coração, embora saibamos que por vezes a solidão seja necessária. A doação é inerente a todos, humanos e animais. É instintivo e primitivo ajudar o outro. Além disso, aprendemos com a experiência do outro o que desconhecemos. Não é preciso viver tudo que se almeja para entender da vida. Basta um pouco de inteligência e sabedoria para entender um pouco dela. 

Ao mesmo tempo somos reféns de uma sociedade capitalista que exige que sejamos melhor com o tempo. Na verdade, ela inverte os valores morais aos quais o humano considera honestamente verdadeiro para ser feliz ao nos induzir ao consumo, luxo e excesso de bens materiais.

Por vezes eu me culpo em demasia por não me achar parte desse mundo. Não que eu seja diferente, pertenço a mesma raça que você que lê o artigo, mas não me enquadro no perfil burguês, acomodado e míope de alguns cidadãos, não me encaixo na sociedade que enaltece o belo como figura física propriamente dita, como se fosse o real significado de felicidade e plenitude. Penso que ambas são estados de espírito ao qual determinados momentos podem proporcionar.

Sejamos mais honestos conosco e olhemos para dentro para entender qual a nossa missão e o que de mais benéfico e interessante se pode deixar para a geração e para o mundo. 

Quanto mais eu vivo mais me convenço de que a alegria da vida está nas coisas simples. Que o dinheiro é maravilhoso e te proporcionará viver e viajar para lugares incríveis, sim ele vai. Mas, o mais absurdamente grande e esplêndido é assistir há uma apresentação de orquestra. É perceber as notas que entram em harmonia instrumento a instrumento. É compreender o maestro reger um grupo de músicos sem admitir o erro, é ele buscar a perfeição sonora entre as partes do todo. É a mágica que nasce do enredo de uma poesia. Isso me faz compreender que a vida não teria sentido sem a arte e o quão ela é importante para nos conectarmos com o que verdadeiramente existe de belo no mundo. 

Eu agradeço por sentir a emoção saborosa e intensa ao ouvir um poema sinfônico. Agradeço aos grandes mestres por nos presentear com sons excentricamente lindos e poderosos. 

Sejamos mais música por onde passar
Mais pássaros a encantar
Mais luz a brilhar
Mais amor e afeto a dar
Mais felizes no duro andar do caminhar