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sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

Brasil poderá lançar foguetes





MCTIC pretende lançar satélites espaciais em 2021 na Base de Alcântara localizada no Estado do Maranhão e quer unificar as duas maiores agências de fomento do país, CAPES e CNPq

O ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação (MCTIC) se reuniu na Câmara dos Deputados, no dia  4 de dezembro, para anunciar a possível junção das agências de fomento à cientistas e pesquisadores, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e também para  debater a implantação do novo Centro Espacial de Alcântara no Maranhão.

Recém aprovado pelo Congresso Nacional o decreto que fala do acordo entre Brasil e Estados Unidos sobre a implementação da Base de Alcântara segue agora para ser analisado no Senado Federal. O município de Alcântara concentra uma população de 21.000 habitantes e está a 30 quilômetros da capital do Estado do Maranhão, São Luiz. A comunidade local em sua maioria é quilombola e por isso, tem gerado controvérsias a ativação do Centro. O Congresso pretende ouvir representantes locais sobre o tema.

O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação (MTCIT), Marcos Pontes, falou que o acordo, transformado hoje em Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 523/19 permitirá que a base de foguetes localizado na cidade lance e comercialize foguetes e satélites. A tecnologia usada pertence aos Estados Unidos e permite que Institutos de pesquisa e desenvolvimento, bem como Institutos brasileiros e empresas da área de Tecnologia possam usufruir do espaço para fazer estudo e pesquisa. “O Centro será comercial e poderá também fazer parcerias com empresas nacionais e internacionais”.

O foguete G3, um dos foguetes que está sendo estudado junto à Aeronáutica, segundo o ministro vai ser fabricado com fibra ótica que é o que a Marinha tem de mais alta tecnologia sendo desenvolvido no Brasil. Ele explica que o comando do ministério da Defesa está dando auxílio junto ao da ministra de Estado da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves.


Fusão Capes e CNPq
O MCTI está estudando com as maiores agências de fomento do país, CAPES e CNPq a junção de ambas. Segundo a oposição do governo, a unificação das duas agências seria ruim para o país que oferece hoje a um cientista de doutorado, por exemplo, uma bolsa de estudo no valor de R$ 2.200 reais.

A deputada Fernanda Melchionna (PSOL/RS) falou que a comunidade acadêmica não concorda com a decisão do governo e disse que isso não vai mudar a falta de recursos que os cientistas das universidades estão. “Não temos orçamento suficiente em Ciência e Tecnologia e essa fusão não trará aos estudantes a melhora do salário dos bolsistas”, avalia a parlamentar.

O diretor de Cooperação Institucional do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico do CNPq, Vilson Almeida, explicou que existe uma diferença grande entre as duas instituições e que por isso é importante deixar claro como as duas instituições funcionam, bem como sua atuação e, que unificar as agências traria resultados futuros positivos.

A CAPES é responsável pelo sistema de pós-graduação dos estudantes que querem estudar fora e o CPNq atua como forma de apoio aos estudantes oferecendo bolsas de mestrado e doutorado. “Ambas agências têm projetos de pesquisa e auxiliam universidades com o uso de bolsas de estudos de mestrado e doutorado, mas com atuações diferentes, explica Almeida. “Estudantes podem ter a possibilidade de ir para fora do país com diversas formas de apoio oferecidas pelo governo brasileiro”.

As dificuldades para quem quer estudar fora são enormes, mas segundo o especialista alguns projetos pilotos do CNPq estão sendo implantados para ajudar pesquisadores. Segundo o especialista, países como China, Singapura e Noruega tem cerca de 60% dos seus pesquisadores estudando fora de seu território contra somente 18% no Brasil. Programas como “Inova Talentos” em parceria com CNI e Sebrae que auxilia estudantes, bem como o “Centelha”, serão implantados, anunciou o CNPq.

O Conselho também falou da seleção de projetos que estão sendo articulados com instituições estaduais e federais, possibilitando às cidades e aos municípios a implementação dos programas. Alguns Institutos Federais foram responsáveis por realizar cerca de 855 patentes em produtos brasileiros e mais de 400 programas de Institutos de Pesquisa dos Estados e Municípios participaram nos últimos anos. “Cerca de R$ 40 milhões de reais foram disponibilizados pelo CNPq aos Institutos de Pesquisa nas áreas de saúde e expedições científicas”, afirmou o diretor do órgão, Vilson Almeida.

Base de Alcântara
A deputada  Luiza Erundina (Psol-SP) reclamou da comunicação do ministério com o parlamento que deveria ser melhor em relação ao andamento do grupo de trabalho que vem sendo analisado por especialistas em ciência e tecnologia sobre a implantação da Base de Alcântara e a comunidade quilombola. “Já que haverá um profundo impacto com a comunidade precisamos convidá-los para que junto com a convenção da Agência Internacional de Trabalho (OIT), possamos conversar com a população”.

O uso do Centro Espacial de Alcântara deverá ser melhor auxiliado pelo Congresso Nacional ao longo do próximo ano, pois eles defendem que a população quilombola não deve ser afetada. “Dezenas de pessoas que moram na região e vivem da pesca, por exemplo, terão que sair do local. “Queremos alinhar com o governo a melhor maneira para que a população não seja prejudicada”, afirma a parlamentar.

O deputado Bira do Pindaré (PSB/MA) citou o artigo 19 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) que diz que a população local deve ser preservada. “Como será a implantação da Base em Alcântara? A maioria da população brasileira apoia a construção do centro e de empresas lá, mas como isso será na prática?", questiona o parlamentar.

Ciência e Tecnologia
Marcos Pontes falou que o país precisa investir mais em ciência e tecnologia e energias renováveis e por isso o ministério vêm trabalhando constante essa agenda. “Nós sabemos da importância de empresas como FINEP e por isso pretendemos fazer o lançamento de laboratórios de inteligência artificial (IA) em breve. Precisamos produzir riquezas, pesquisa e desenvolvimento”, garante. Um dos locais que o ministério estuda criar os laboratórios de IA são Altamira no Estado do Pará na Universidade Estadual e na Amazônia.









quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Previdência, se foi. Lá vem a Reforma Tributária e depois? Cadê a ciência?




Ao longo dos últimos anos cobrindo o Congresso Nacional como repórter de ciência, pude perceber a ênfase no debate para aprovação da Reforma da Previdência, inócua pelo fato de não melhorar o teto de recebimento da aposentadoria do trabalhador que vai se aposentar no futuro e também por não conceder ao jovem, subsídio para ele receber mais ou proporcional ao tempo de serviço e idade, como é o sistema previdenciário atual. Tudo bem que temos um déficit enorme da União, mas na prática não vi muita melhora para os trabalhadores em geral.

E, o que é pior... Pararam de falar sobre isso.

Parte superior do formulárioParte inferior do formulárioPrecisamos entender melhor esse assunto. Como se aprende matemática na escola, por exemplo. Quem vai ensinar educação previdenciária para o Senhor José dono da padaria ou à dona Maria que é microempreendedora?

Tendo em vista que população idosa no Brasil e no mundo está crescendo, é alarmante imaginar como a máquina pública irá sustentar os milhares de contribuintes que vão se aposentar. Essa tendência que tende a aumentar ainda mais por conta da taxa de natalidade que abaixou, não fecha a conta. Pelo contrário, traz mais preocupação para quem vai se aposentar no futuro.

Recém aprovada no Congresso Nacional pelas duas casas, Câmara e Senado, é hora de falar de outra reforma, a Reforma Tributária, outro tema bastante controverso e que converge com a situação crítica emergente do Brasil que hoje é um dos países que mais paga impostos no mundo. O contribuinte que ganha, por exemplo, R$ 5.000,00, paga 27,5 % desse dinheiro para o governo, isto é, quase 30% do salário, fica para os cofres públicos. E, o retorno que temos em educação gratuita e saúde de qualidade? São excelentes, diga-se de passagem.

É por isso que, em meio a esse conflituoso debate apurado todos os dias pelo regime bicameral do Parlamento brasileiro que torna-se claro e emergencial a reforma. Além disso, áreas relevantes como educação e, ciência e tecnologia, precisam estar na pauta do governo diariamente. Não dá pra aceitar que a base da formação das crianças desse país não seja prioridade. Não é factual não falar sobre isso. Convenhamos.

Autores como o ex-ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Celso Pansera, Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Associação dos Dirigentes das Universidades Federais (Andifes), estão sempre presentes no debate lutando pelos estudantes das universidades e pesquisadores das empresas e indústrias. Não é admissível permitir que essa pauta esteja fora da agenda do presidente da República, Jair Bolsonaro. Ainda mais com o advento da política externa do país em crescimento. Onde estão os números e os dados em pesquisa e desenvolvimento do país na ponta da língua do Chefe de Estado?

No entanto, cabe um adento. A fala do novo ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Marcos Pontes, declarada no último encontro que teve no Tribunal de Contas da União (TCU), no mês passado, sobre Inovação, de que ele pretende criar cerca de sete laboratórios de inteligência artificial para o ano que vem, deixou a sociedade mais animada. O brasileiro se sente mais entusiasmado em ver tanta coisa legal acontecendo.

Mas, vamos acompanhar de perto e ver essa ideia ser aplicada na indústria e nas universidades, de fato. Vamos acompanhar.

Alcântara, a base de foguetes que está localizada no litoral Maranhense, já foi aprovada pelo Congresso. O decreto de Lei que retoma o debate que trata do uso da tecnologia existente entre Estados Unidos e Brasil pra o uso da Base de foguetes já encontra-se no Senado e será analisada por especialistas da área em breve, acerca do uso adequado, bem como a utilização do espaço na região que não está sendo, infelizmente, muito bem vista pelos olhos dos moradores locais.

A Base de Alcântara faz parte do acordo entre Brasil e Estados Unidos que legitima o país a fazer uso da tecnologia para exportação de foguetes que são em sua maioria feitos e produzidos pelo amigo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e que poderia inclusive, atrair países em desenvolvimento como o Japão atraindo assim mais novas futuras parcerias.

É, ciência... Vamos ter calma. Muita calma nessa hora... Muita coisa ainda vai acontecer.

sexta-feira, 15 de novembro de 2019

Se aprochegue



Fala, galerinha! E, aí como vai vocês?!

Olha, a palavra de hoje é pouco usual, mas de origem nordestina, mineira também talvez um pouco, e de um charme... É ela, na verdade ele, no infinitivo, o verbo: aprochegar.

"Se aprochegue e venha sentar-se conosco, com a gente. Venha menino e fique aqui junto de nós. Venha, sente aqui".

Esse jeito de falar na segunda pessoa do singular é bem característico do nordestino que usa a fala de forma cantada, como se fosse dar ênfase ao objeto, no caso, o menino, que é o sujeito da oração que forma a frase e a faz parecer meio que música. As combinações das sílabas com os fonemas geram uma certa harmonia, que acho parecer uma conjugação de símbolos misturados.

Segundo o Dicionário Houaiss, aprochegar vem de apro (ximar) + chegar, chegar bem perto, aproximar-se, achegar-se, abeirar-se, colar em alguém, como usamos informalmente (gíria).

É como se você desse destaque, insistisse em algo, reafirmasse, aquilo que já foi dito. Isso é bastante trivial nos diálogos do dia a dia.

No livro Grande Sertão Veredas do escritor romancista moderno, João Guimarães Rosa, é muito comum você encontrar referências da língua usada de maneira enfática àquilo que o autor deseja falar com intensidade, como na frase do livro que ele afirma: "O senhor saiba: em toda a minha vida pensei por mim, sou nascido diferente. Eu sou eu mesmo. Divirjo de todo o mundo". (Teve uma frase na prova do ENEM aplicada semana passada que eles usaram no caderno de prova essa frase "Eu sou eu mesmo), inclusive.

Na frase, ele fala para alguém, talvez Diadorim... Se bem que, acho que não, ele tinha um amor tão grande pela "amada" que pelo sentido da frase, contexto, contrário ao que parece, meio hostil, não, não era Diadorim, seu personagem favorito do livro, mas sim, talvez um sertanejo ou viajante que percorria o trecho do Sertão de Minas Gerais com ele, Rosa, a cavalo, desbravando as terras de lá.

Então, em referência ao que eu falei anteriormente: "Se aprochegue, venha sentar-se conosco. Venha menino tomar café, sente aqui, converge com a frase do livro que diz: "O senhor saiba que em toda a minha vida pensei por mim, sou nascido diferente. Eu sou eu mesmo. Divirjo de todo o mundo", portanto. No livro, ele enfatiza, intensifica a fala dando destaque ao verbo pensar que se dirige à alguém que está falando de si ou de outra pessoa.

Bom, por hoje é isso... Bom dia da Proclamação da República para todos.

Até!


sexta-feira, 1 de novembro de 2019

O que escrever? Tem tanta coisa pra ler...



No livro do Allan Percy que ele cita trechos do escritor e dramaturgo britânico Oscar Wilde, ele diz que existem duas regras claras para escrever: ter algo a dizer e dizê-lo.

"Essa é a síntese mais brilhante que conheço sobre o que é necessário para escrever, um prazer quase físico, pois nos permite reviver as mais belas experiências por meio de sua reconstituição no papel".

"Outro que teorizou brilhantemente sua paixão pelas palavras foi Ernest Hemingway, que aconselhava os jovens escritores a focar "naquilo que há, e não naquilo que não há", afirma Percy.

Há, legal, mas na última estrofe aí... vou descordar, pois, há escritores de fantasia como a J.K. Rowling, por exemplo, que focava exatamente na utopia, no imaginário e na ilusão de algo que não existia, que ia além da imaginação, como fez ao escrever, Harry Porter.

Por isso, hoje, meus caros leitores, trago a vocês um pouco da pesquisa que fiz sobre Linguagem e Comunicação Digital. Nada muito extenso. Um resumo leve, pouco técnico, do que pesquiso...


A Era digital e a linguagem técnica na contemporaneidade

A era pós-moderna de hoje é consequência das grandes transformações que passamos, entre elas a digital. Esse conceito “pós modernidade” vêm da sociologia histórica designada pela condição sociocultural e estética dominante após a queda do Muro de Berlim (1789) na Alemanha, com o colapso da União Soviética e a crise de ideologias nas sociedades ocidentais no final do século XX. Foi nessa época que a referência à razão como garantia das possibilidades de compreensão do mundo ganhou força através de esquemas totalizantes.

Em “A Condição Pós-Moderna” de François Lyotard, o autor define a terminologia como a decorrência da morte das "grandes narrativas" fundadas na crença do progresso e nos ideais iluministas de igualdade, liberdade e fraternidade, que foram os princípios norteados pela Revolução Francesa (1789-1799), período de intensa agitação política e social na França e, que teve um impacto grande na história do país e em todo o continente europeu.

No Brasil, não obstante, esses movimentos de vanguarda surgidos na Europa influenciaram bastante a literatura e os artistas. A indústria, marcada pela consequente produção de massa atingida pela revolução do século XIX, a luta de classes, os Estados reguladores e os partidos definindo suas ideologias, fizeram o mundo observar a crescente globalização acender. Assim, o transporte ganhou destaque. Com isso, o avanço do trem, veículos a vapor, locomotivas e automóveis começaram a surgir, e então, a concorrência do mercado automobilístico mundial.
Essa tendência teve um amplo destaque em meados do século XVIII e levou o indivíduo a se adaptar às rápidas transformações. No Brasil, o veículo automóvel chega em 1893 trazido pelo aviador Santos Drummond, após ter sido lançado mundialmente na França, Paris, em 1889. Nesse período, não havia rádio, televisão, nem tão pouco telefone. Por isso, a informação era mais lenta, o mundo demorava a saber dos principais acontecimentos e inovações vindos da Europa

Em 1901, portanto, em consequência dos avanços da pós-modernidade, o italiano Guglielmo Marconi, recebeu o Prêmio Nobel de Física por estabelecer em linha telefônica os sinais de rádio que deram origem a invenção do “telégrafo sem fio”. Nesse período, o pai do telefone, o escocês Alexander Graham Bell, inventava o telefone por meio de um estudo desenvolvido por um sistema de educação para surdos.

Paralelo ao que foi descoberto e influenciado pela comunicação de massa na sociedade contemporânea, identificamos alguns desafios no cenário atual, um deles, a chegada da tecnologia digital.
A velocidade ao qual a informação chega hoje à casa, seja pela mídia, seja pelo celular, de maneira muita rápida, é midiática e tende a ficar cada vez mais instantânea. A Internet, com pouco mais de 50 anos, se popularizou e fez da notícia, por exemplo, um movimento global. O celular, quase o melhor amigo de bolso do homem, às vezes até mais concorrido do que a própria carteira, tem menos ainda, cerca de 46 anos.

E, mesmo assim, com toda essa evolução, como a linguagem virtual e as redes sociais, vão afetar a vida e o trabalho do indivíduo amanhã e, o quanto o homem ainda vai mudar a maneira de pensar sobre a comunicação do futuro? Como ela será?   

segunda-feira, 14 de outubro de 2019

Infinitivo e particípio




Infinitivo, ele ama falar
Que delícia encontrar a palavra ideal para rimar
Que amargura deve ser escrever e não encontrar
Sinônimos das palavras terminadas em ar

Acho uma delícia brincar de falar
Fala pra ele que é uma maravilha cantar
Que desperdício de tempo não assobiar
É uma alegria imensa brincar a luz do luar

Infinitivo verbo amar
Me leva daqui pra-co lá
Me leva naquele jardim que tem aquele pomar
Me faz encontrar aquela árvore linda rosa a iluminar

Amo de paixão rimar para exaltar
Nada como animar o dia caído como particípio
Não que eu não goste do particípio alado, desanimado, nada disso
É que ele é muito calado, tipo, muito ríspido, pra lá de quadrado

 

 

 

 

 

quarta-feira, 2 de outubro de 2019

Escaldante

Gente! 

Que delícia... Olha só a palavra de hoje é de origem nordestina ao que me parece, me corrijam os originais de lá, pois não tenho certeza, mas me agradou bastante e, me encheu os olhos, soou bem. Fiquei doida para escrever sobre ela...

A palavra é: Escaldante!



Escaldar me lembra comida. Parece que minha tia Gilca vai escaldar uma carne de panela ao molho de mandioca lá em Belo Vale, Minas Gerais, na semana que vem. Isso mais me parece uma boa reunião da família para que ela possa mostrar seus dotes culinários e nós possamos nos deliciar com seu tempero. 

O fato é que o verbo escaldar quer dizer mergulhar algo, alguma coisa em água e ferver, queimar, ou lavar com água muito quente.

Interessante, porém, foi que ouvi a palavra escaldar em um momento totalmente aleatório ao qual não imaginava me surpreender com tanto. Ao sair do trabalho, semana passada, resolvi parar em um food truck que tem perto da minha casa. Nunca tinha ido lá e por isso, achei que podia ir nesse dia, pois estava cansada e não queria ir ao supermercado, nem tão pouco parar para sentar em um restaurante ou lanchonete. Logo, ao pedir para a moça me servir o prato, uma senhora falante por demais sentou ao meu lado. Sentou e não parou de falar um minuto. Aliás, antes mesmo de sentar-se à mesa, já chegou falando. Ela estava contando a história do filho que morava em Sergipe, Aracaju, e que ela estava com saudade dele, queria encontrá-lo em breve. 

Feito isso, esse movimento retilíneo causal da senhora ao chegar no quiosque, a garçonete veio entregar meu pedido à mesa, que ora se encontrava bem próxima da senhora que, sergipana, ainda não tinha parado de falar e que por sinal, era comigo.  

Ao me deparar com o prato maravilhoso que chegou, um risoto de pera, me deslumbrei com a frase sinuosa e por demais surpreendente que a senhora soltou que foi: que sol escaldante.

No dia, o clima estava muito quente mesmo, Brasília tem feito dias muito calorentos e por isso, é fácil encontrar alguém reclamando do tempo. Seja no serviço, na padaria, no mercado ou no shopping, até na fila do pão, como diz uma amiga, tem alguém falando mal do tempo. Satisfeita eu que sou com essa delícia de clima que é o da minha cidade, me senti abismada com a palavra que não achei combinar com o momento, mas que me deixou perplexa pela comparação genial que ela colocou naquele momento de calor intenso. 

Curiosa que sou ainda, fiquei juntando os pauzinhos (outro termo coloquial que podemos falar em outro momento) para tentar entender o que a senhora quis dizer e o que ela queria com aquela incrível palavra que me surpreendera e me tirara a atenção. Mas, o interessante foi que ela quis dizer que o clima estava escaldante, em analogia ao que possivelmente minha tia Gilca pudesse me fazer em uma tarde de domingo com a família. Sim! Foi exatamente o que ela quis dizer, mas como informalmente o termo se enquadra tanto ao gênero alimentício como ao clima, pode ser usado tanto na frase: eu vou escaldar a carne na panela de barro para fazer uma boa carne assada ou, o tempo está escaldante, muito quente, quase queimando, então tudo bem! Está tudo certo! Lindo!

É por essas e outras razões que eu fico impressionada com a língua portuguesa, o quanto ela é linda e complexa ao mesmo tempo. A cada encontro com alguém diferente, de outro estado ou região, seja na rua ou no trabalho, as palavras me divertem por demais! Me enchem de alegria e imaginação! Adoro! Foi bem diferente esse encontro com a palavra, escaldante. 










terça-feira, 24 de setembro de 2019

Audácia





Engraçado como algumas palavras passam pela nossa vida e não damos muita bola, muito valor, muita atenção. Hoje, ao ler uma revista sobre criptografia que eu adoro me deparei com uma palavrinha bastante curiosa e muito pouco usada no dia-a-dia: a "audácia". 

Segundo o dicionário Houaiss, audacioso é aquele que tem aptidão ou tendência a realizar ações difíceis, não se importando com o perigo (me lembrei da frase do Simba no filme Rei Leão quando ele fala: "Eu sorrio na cara do perigo, hahahaha"). É aquela pessoa que se caracteriza por se opor ao que está previamente estabelecido, que se expressa com inovação. 

Bom, o fato é que a palavra é muito atraente e positiva, pois remete a desafio e, portanto, a realizar algo que deseja muito, colocando força e dedicação para ser feito. Embora, muitas vezes não pensemos muito no que fazemos diariamente no trabalho e em casa ao agimos no impulso, automático, sem medir consequências, o importante é dar o melhor, agir com prudência e cautela, principalmente.

Parelelo a isso, a "audácia" me lembrou um episódio inédito essa semana, bem legal que aconteceu comigo. Na segunda-feira (23), eu fui vacinar a minha gata no Centro de Zoonose de Brasília, que é um local aonde os veterinários são especializados em cuidar de cães e gatos. Lá, eles são responsáveis por acolher a maioria dos animais domésticos abandonados do Distrito Federal e colocar para adoção. O local é enorme, super bem organizado e eles são super atenciosos. Ao chegar lá fui atendida em menos de 5 minutos. Foi muito rápido e eficiente o atendimento do veterinário que vacinou a Bella. Fui audaciosa!

Eu não tinha noção de como era o local, estava morrendo de medo, era distante da minha casa  e, eu não imaginava o que ia encontrar. Acabei me surpreendendo com milhares de gatinhos e cachorros, loucos por um dono, um lar.

Achei muito fera! Se eu pudesse, pegava todos para mim! Todos é muito, vai?! Mas, uns três eu pegaria! Hahaha. Contudo, já tenho uma gata que amo e cuido com muito amor e carinho. E isso, sim, é o mais importante! Mais do que a minha "audácia" de ter ido lá na Zoonose levar a Bella. 

:)

Detalhe:

Segundo a Secretaria de Saúde do Distrito Federal, no ano passado, 313 caninos foram observados pela Zoonoses e 81 felinos tratados e adotados por meio do Centro, criado desde 1978. Além do importante trabalho de controle de doenças como a raiva, febre amarela, leishmaniose, leptospirose e hantavirose, a Zoonoses oferece a vacina antirrábica durante todo o ano, de forma gratuita. 





quinta-feira, 5 de setembro de 2019

Crimes cibernéticos acometidos na Internet




Como regular a comunicação digital por meio de entidades públicas e privadas, como Face book

A segurança pública é um tema que vira e mexe está em pauta. É muito rotineiro assistir à atentados ao cidadão e às famílias. No entanto, ataques cibernéticos é algo novo, que não se fala tanto, mas ao qual é preciso dar bastante atenção, pois punir pessoas responsáveis por qualquer tipo de crime na Internet é mais difícil hoje, do que penalizar alguém por ter acometido um crime fisicamente à alguém. A legislação, por isso, deve ser bastante rigorosa. 

No Congresso Nacional, os crimes cibernéticos vêm sendo bastante debatido nos últimos anos e o dialogo em conjunto com a segurança pública dos estados e do país para o indivíduo tem sido bom, embora os números assustem. Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2018, 63.895 mortes violentas intencionais foram registradas em 2017 atingindo uma taxa de 30,8 mortes para cada 100 mil habitantes. 

Debate

No dia 15 de agosto de 2019, a Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI) da Câmara dos Deputados se reuniu com representantes da sociedade civil para falar sobre o assunto. O Ministério Público Federal esteve presente e defendeu que a Instituição tem o papel de ajudar a Polícia Federal no combate a fiscalização de crimes que acontecem na Internet, como por exemplo, a pedofilia.

Segundo Rodrigo Fogagnolo, coordenador do Núcleo Especial de Combate a Crimes Cibernéticos (Ncyber) do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), com a crescente possibilidade de acesso às redes sociais, ficou fácil invadir contas privadas, o Face book e, principalmente as contas bancárias. “É difícil regular o assunto por conta da complexidade de controlar os hackers que estão por traz do sistema de informação da Internet”, esclarece Fogagnolo.

O Código Penal Brasileiro traz alguns detalhes e orientações acerca do tema, como o comprimento da pena de até 2 anos a dependentes que tenham sofrido algum tipo de ofensa, injúria ou difamação por alguém. Além disso, a Lei 13.260 de 2016 define que vem a ser os crimes cibernéticos, em seu artigo 2º, ela explica o conceito como sendo: “a prática por um ou mais indivíduos dos atos relacionados às razões de xenofobia, discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia e religião, quando cometidos com a finalidade de provocar terror social ou generalizado, expondo a perigo pessoa, patrimônio, a paz pública ou a incolumidade pública”, ou seja, algo com uma raiz ideológica bastante preconceituosa. 

Já a Lei do Marco Civil da Internet, número 12.965 de 2014 em seu artigo 12 defende as punições que devem ser abordadas a criminosos que invadem contas de pessoas pela Internet trazendo em sua ementa a seguinte definição: “Estabelecer princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da Internet no Brasil”.

Existe também, além das Leis, uma “Convenção de Budapeste” que cuida Internacionalmente do tema e reúne anualmente diversos países para falar sobre o assunto. Capital da Hungria, o nome dado ao diretório faz referência a cidade e têm em seu conjunto de pessoas trabalhando sobre o assunto, cerca de 63 países do mundo. 

Gastos e investimentos

Cerca de US$ 600 bilhões de dólares são gastos e investidos em crimes cibernéticos no mundo, segundo o especialista do Ministério Público Federal, Rodrigo Fogagnologo. “O Face book gasta hoje cerca de US$ 80 bilhões de dólares com segurança pública e mais de 63 milhões de brasileiros são afetados diretamente pelos hackers e criminosos”, analisa.

É notório lembrar ainda que a Constituição Federal quando fala sobre o assunto de proteção de dados, não destrincha com precisão o tema sobre como o cidadão deve se assegurar e proteger. Em seu preâmbulo ela fala somente sobre o direito ao acesso a informação, mas não entra em detalhes, não fala em crimes cibernéticos.

Houve na Venezuela recentemente fraude na gasolina por meio de sabotagem digital. Dezenas de barris de petróleo tiveram a produção prejudicada, segundo Ricardo Theil, vice-presidente da Federação das Associações das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (Assespro). Isso mostra que alguns países vizinhos ainda deixam a desejar no quesito fiscalização de dados e, por isso, têm resultados no setor agrícola prejudicadas.

Um dos membros da CCTCI, deputado David Soares (DEM/SP), falou da importância que os meios de comunicação têm hoje para a divulgação da informação e, garantiu que cada vez mais a segurança pública deve ser maior entre o parlamento, o Ministério Público Federal e as empresas privadas de tecnologia.



sexta-feira, 16 de agosto de 2019

Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara dos Deputados se reúne com funcionários da VALE para falar sobre o rompimento da barragem de Brumadinho






Após a aprovação da Reforma da Previdência na Câmara dos Deputados por 370 votos a 124, o Senado recebe o texto para sua avaliação. Enquanto isso, as Comissões se reúnem para debater alguns assuntos, entre eles a tragédia que ocorreu em janeiro deste ano em Brumadinho, Minas Gerais, quando a barragem da cidade foi rompida.

Alguns dos funcionários da Vale estiveram na reunião para prestar esclarecimentos sobre o fato, que até hoje não teve um desfecho. A empresa responsável pelo acidente que afetou milhares de pessoas é uma das culpadas, tendo sido convidada a dizer por que e como o ocorrido se deu. A barragem teve um rompimento de uma de suas partes e matou centenas de pessoas que moravam lá. Elas, no entanto, até o momento, ainda não foram indenizadas pelo incidente.

Em depoimento sobre o ocorrido, Lucas Brasil, ex-funcionário da Vale, disse que esteve no local onde a mina se rompeu, mas que não sabe detalhes do episódio. Indagado pelo deputado federal Roberto Ferreira (PRB/SP) a quem reportava os conflitos que surgiam acerca do rompimento da barragem, o ex-funcionário da empresa, respondeu que não sabia muito dos riscos que a mina reservava. O Córrego do Feijão foi um dos locais afetados.  

Ainda em resposta sobre o acontecido, um dos servidores presentes da empresa, Armando Mangolim, acrescentou mais informações sobre o acidente. Segundo ele, a avaliação técnica feita pelos engenheiros da área constatou que havia um tubo de água que podia estar obstruindo o escapamento por onde a água escorria. Ele entende que o local não estava adequado para realizar tal procedimento como o que houve. A tubulação tinha cerca de 73 metros de profundidade e, por isso, afirmou em nota técnica que o vazamento ocorreu de maneira isolada. A auditoria, segundo ele, feita em junho não constatou nada disso e, deveria ter sido melhor supervisionada.

O deputado Júlio Delgado (PSB-MG), questionou o funcionário da VALE sobre alguns acontecimentos sobre a própria natureza do local que também foi afetada. Ele criticou o fato de que a mina estava em um local inadequado, e que por isso colocava em risco a vida das pessoas que moravam ali. Em resposta so parlamentar, o engenheiro afirmou que as cidades próximas ao local como Brucutu, Itabira e Mariana podem ser afetadas se não houver inspeção adequada.

O último convidado da Comissão Parlanentar de Inquérito da Câmara dos Deputados (CPI) a falar, o engenheiro Paulo Abrão, explicou que alguns dos locais que sofreram problemas por estarem mal inspecionados ambientalmente eram passíveis de acidente. Ele afirmou que a drenagem que foi feita na época não foi adequadamente realizada e por isso, acabou gerando resultados negativos.


Foto: jornal O Globo


quarta-feira, 7 de agosto de 2019

Mobilidade urbana é tema de debate na Câmara dos Deputados


Comissão especial estuda e analisa o tema bastante controverso da área de transporte público




“Mais de 11% dos trabalhadores gastam cerca de 60 minutos de deslocamento com transporte público para ir para o serviço hoje, no país”, explica Cléver de Almeida diretor do departamento de Planejamento e Gestão de Mobilidade e Serviços Urbanos do Ministério de Desenvolvimento Regional.

Para explicar esse número, a Constituição Federal traz algumas especificações sobre o assunto. No seu artigo 6° ela defende que o transporte é um direito social e, que a União, Estado, Distrito Federal e Municípios, cada um com sua particularidade, deve dirigir sobre como melhorar a qualidade do serviço local. Hoje, quem faz a regulação dos transportes públicos no país é a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que segundo especialistas do tema será a principal convidada a defender e falar do assunto, na próxima audiência.

A Comissão Especial destinada a proferir o parecer ao Projeto de Lei n°4881 de 2012 analisou o assunto na Comissão Especial da Câmara dos Deputados, no dia 26 de junho e institui as diretrizes da Política Metropolitana de Mobilidade Urbana (PMMU). O projeto em questão pretende ainda criar o Pacto Metropolitano da Mobilidade Urbana, bem como o Sistema de Informações dos Transportes Metropolitanos (SITRAM), com a Autoridade Metropolitana de Transportes e o Fundo Metropolitano de Transporte Público.

Sobre o debate em questão, o administrador Ricardo Alvarenga - Diretor do Departamento de Projetos de Mobilidade e Serviços Urbanos do Ministério de Desenvolvimento Regional, reclamou que falta mais habilidade técnica dos responsáveis pela gestão do território de transporte local do que como o recurso em si investido é aplicado.

Já o Centro Interdisciplinar de Estudos em Transportes (CEFRU) da Universidade de Brasília (UnB), com foco no resultado da qualidade do serviço oferecido pelos transportes locais e municipais, estimula e apoia o serviço de mobilidade urbana.

O deputado cearense Bosco Costa (PL/SE), membro da Comissão, defende que os transportes rodoviários e ferroviários estão carentes de atenção, por isso a sociedade que usa esse serviço, bem como o governo e as indústrias devem melhorar a infraestrutura local.    


quinta-feira, 18 de julho de 2019

O papel das universidades públicas no Novo Ministério da Educação

Educação é prioridade do governo?





Em meio ao debate amplo da Reforma da Previdência, as universidades públicas reivindicam direitos e autonomia junto ao governo federal. Dentro do contexto do que significará a aprovação da reforma, será possível analisar os resultados da educação no futuro? E, qual o impacto para os aposentados?

O secretário executivo da Associação dos Dirigentes das Universidades Federais (Andifes), Gustavo Balduíno, defende a gratuidade das universidades públicas, bem como a qualidade que elas oferecem aos estudantes. Por isso, ele cobra o apoio do governo.

Segundo dados do Tesouro Nacional divulgados no ano passado, o Brasil gasta atualmente, em educação pública, cerca de 6% do Produto Interno Bruno (PIB), valor superior à média da Cooperação e de Desenvolvimento Econômico (OCDE) que é de 5,5% e, engloba as principais economias mundiais de países vizinhos como Argentina (5,3%), Colômbia (4,7%), Chile (4,8%), México (5,3%) e Estados Unidos (5,4%). De acordo com os números, cerca de 80% dos países, incluindo os desenvolvidos, gastam menos que o Brasil em educação relativamente ao PIB.

Já os gastos com a previdência serão assustadoramente altos, de cerca de R$ 767,8 bilhões, ou seja, cerca de 53,4% dos gastos totais da União. Os custos incluem a previdência dos trabalhadores do setor privado, dos servidores públicos e também dos militares. Os gastos com saúde, educação e segurança pública são menores, no entanto, uma média de R$ 228 bilhões, cerca de 15,86% do total que será investido pelo governo federal. Esse valor, calculado pela Consultoria de Orçamento da Câmara dos Deputados, não inclui os servidores inativos. Nesse sentido, os gastos previdenciários do governo federal, portanto, ficarão, pelas previsões da proposta orçamentária atual em R$ 540 bilhões, segundo dados do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão.

Tendo em vista o cenário atual, o novo ministério da Educação defende que “as universidades têm um papel fundamental para o desenvolvimento do país e, por isso precisa dar bastante atenção ao ensino superior, tanto quanto o ensino básico, bem como cuidar dos recursos para uma melhor administração”, garante Weber de Sousa que representou o ministro Abraham Weintraub na última reunião realizada dia 11 de julho na Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI) da Câmara dos Deputados.

Já a Andifes defende o acesso ao ensino superior público e, apoia as universidades em tomadas de decisão e organização. Ela, junto com as academias debate como melhorar as instituições. Balduíno argumenta que a gratuidade das universidades públicas deve continuar bem como a qualidade do ensino que elas oferecem aos estudantes. E, para isso segundo ele, o apoio do governo é super importante.

A deputada Ângela Amin (PP/SC) foi uma das representantes da criação da Lei de Diretrizes Básicas da Educação (LDB) e falou que as linhas e diretrizes que a Lei cita devem ser respeitadas e seguidas, direcionamento assim, os caminhos para o ensino superior público de qualidade.  

O representante da Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), Cassio Borges, lembrou da dificuldade dos cientistas em fazer pesquisa e, como o governo se comporta diante dos cortes que a Educação teve. “É difícil conseguir apoio do governo, as instituições ficam à mercê para desenvolver pesquisa e funcionamento interno”, esclarece.

É notório considerar também a situação de quem faz concurso público para trabalhar em uma universidade pública que é bastante difícil também, esclarece Antônio Alves, Coordenador-geral da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra), representante dos servidores técnicos administrativos. Ele reclama que desde a década de 90 o serviço feito por eles é prejudicado nos resultados por conta da falta de assistência do governo.  

Já o vice-presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), Emerson Monte ao citar o direito à educação previsto no artigo 6° da Constituição, argumenta que é necessário que a educação superior tenha mais investimento em programas de extensão e desenvolvimento nos serviços por ela prestados. Ele reclama que as universidades podem fazer uma paralisação em breve para exigir mais verba do Ministério da Educação (MEC) se a crise continuar.
























#Neoliberalismo, liberalismo, história política e análise do cenário mundial e local. Reforma da previdência e os resultados, consequência que o país vai sofrer com isso. 

sábado, 29 de junho de 2019

Um passeio por Paris

Revirando algumas fotos essa semana, me vi surpresa com a quantidade de imagens lindas que tenho dá época que morei fora. Acho engraçado, curioso, como a gente muda. Foi incrível ter a experiência de passar uma temporada fora, conhecer pessoas de outra cultura, outro país, mas nada como seu idioma, sua língua, sua família e seus amigos. Nada como viver e morar na sua cidade natal.

Viver em um lugar fora da sua zona de conforto é muito difícil. Não me imagino vivendo em outro lugar, país que não seja o meu. A natureza, o clima, as pessoas, as cores e tudo de mais reluzente, deslumbrante, está aqui, no outro, nas borboletas, nos pássaros e, em tudo mais que tem cor... Tipo, em tudo! hahahahaha

Na viagem que fiz a França, Paris, me diverti muito. Fiquei na casa de um casal de amigos que eram de lá e eles me deixaram tão a vontade no final de semana que me entregaram a chave da casa deles. Fiquei impressionada com a atitude deles, pois não os conhecia, nunca os tinha visto, foi um colega meu da escola que me indicou a casa deles para ficar, já que tinha ido somente para passar o final de semana. Como eu morava em Londres e estudava, não podia ficar mais tempo que isso. 

A pior coisa que achei lá, na verdade o pior cenário que vivi foi no metrô assim que cheguei. Achei o francês grosseiro. Quando desci do trem do metrô pera pegar o bus para encontrar meus amigos eles se esbarravam em mim sem respeitar muito meu espaço. Achei isso ruim. Não achei que eles respeitam muito o estrangeiro. Em Londres, os ingleses, europeus, as pessoas são mais educadas e gentis. Eles, oferecem ajuda para carregar sua mala quando vêm que você está com dificuldade, por exemplo.

Apesar disso, as pessoas são muito elegantes, bem humoradas (não, absolutamente, haha), e bem resolvidas, rápidas, eu acho. Sim, eles são. Os restaurantes, as ruas, jardins e a Champs Élysées, a bela e charmosa avenida de Paris, uma das mais famosas do mundo, é incrível e, data da época de 1640. Esse nome, Campos Elíseos faz referência a mitologia grega e significa um lugar equivalente ao paraíso dos cristãos, por sua longa plantação de árvores que existe no local. A avenida é também conhecida por ter grandes lojas finas de roupas e restaurantes. 




















quarta-feira, 19 de junho de 2019

Reunião ordinária fala sobre energia limpa e demais assuntos sobre ciência e pesquisa




A Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados analisou no dia 12 de junho, alguns temas relacionados à energia eólica e a pesquisa e inovação. Um dos presentes, o deputado Gustavo Fruet (PDT/PR) esclareceu que algumas cidades europeias já aderiram ao carro elétrico e conseguiram reduzir drasticamente o consumo de CO² entre as cidades. Os países do leste europeu e alguns vizinhos também já participam dessa comunicação.

Já o deputado Ze Vitor (PL/MG) trouxe o requerimento 64/19 que falou sobre o satélite de Comunicação Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC). Localizado na posição orbital de 75 graus de longitude a oeste, no espaço, ele é hoje operado pela Telebrás e segundo o autor, será utilizado também pela Defesa Nacional do país. “A aquisição do satélite, bem como sua utilização é de estrema importância para o Brasil”, avalia.

Vitor pretende ainda debater como será o uso do satélite. Construído pela empresa italiana Thales Alenia Space ele permitirá que a comunicação seja fornecida para diversos países, entre eles o Brasil. A Telebrás, empresa brasileira que oferece telecomunicação é uma das convidadas, bem como o Ministério da Defesa para que seja debatido em conjunto com a Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados qual a melhor maneira de utilizar o satélite.

A norma foi aprovada na Comissão e, agora será debatida em Audiência Pública

sábado, 25 de maio de 2019

Câmara dos Deputados fala sobre Inteligência Artificial




Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI) analisa o tema em conjunto com o Governo

Comissão da Mulher lança robô “Glória” que ajudará mulheres vítimas de violência

A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados realizou, no último dia 24 de abril, Audiência Pública para tratar sobre Inteligência Artificial. O evento foi proposto pelo deputado Alex Sousa (PDT/BA) e tratou sobre o aprendizado de máquinas e deep learning, que é o treinamento de aparelhos para serem aplicado em sistemas de segurança e tecnologia.

“A Inteligência artificial gera mais competitividade e inovação para as empresas e também oportunidade para desenvolver startups. Ela também teve um amplo crescimento no país nos últimos anos”, acrescenta José Sampaio, Diretor do Departamento de Ciência, Tecnologia e Inovação Digital do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).
               
No mesmo contexto, a Comissão da Mulher convidou a Universidade de Brasília (UnB) para promover o lançamento de seu novo produto: idealizado pela professora Cristina Castro, o robô de nome “Glória” foi apresentado com intuito de ajudar mulheres vítimas de violência. A interação do público com a máquina será feita por meio de redes sociais, como Instagram e Facebook. “O robô tem a habilidade de ouvir os problemas das pessoas e gerar soluções para as mulheres que sofrem algum tipo de abuso”, esclarece Cristina. Vai funcionar assim: o Glória vai gravar informações, gerando inteligência e códigos, formando respostas às indagações dos internautas. A deputada Flávia Arruda (PR/DF), uma das incentivadoras do projeto, declarou que as mulheres precisam falar mais sobre suas dificuldades, ressaltando a importância da participação popular no debate.

A atual Lei do Marco Civil da Internet que estabelece princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da Internet no Brasil não fala sobre Inteligência Artificial. A Lei n° 7.232, de 29 de outubro de 1984 fala sobre Informática, mas também não traz o assunto. “O tema é amplo e segue inovador, mas ainda precisa ser bastante discutido”, garante o presidente da CCTCI, Félix Mendonça (PDT/BA).

Alguns países asiáticos começaram a falar sobre Inteligência Artificial a partir de 2017. De lá para cá alguns parceiros vêm desenvolvendo tecnologia e aprimorando as habilidades de seus cientistas. Apesar de novo e envolto em dúvidas, o assunto vêm influenciando áreas como agricultura, educação e saúde, bem como o setor de meio ambiente, segurança e medicina.



domingo, 5 de maio de 2019

Bahia - Salvador


Um cantinho do Brasil reconhecido mundialmente pelo seu povo e por suas belas praias, Bahia. Um estado lindo, cheio de esplendor, arte e muita história. Também pudera, Pedro Álvares Cabral quando chegara a primeira capital do país não podia imaginar que ali encontraria tanta riqueza, cana-de- açúcar e belezas naturais. Escravos, índios e uma civilização desconhecida, inexplorada.

Naquela época, em 1500, os escravos viviam um regime opressor, seguindo um feudalismo e uma cultura antiga que vinda da África permaneceu por muitos anos sofrendo preconceito de raça e cor. Foi somente depois de três séculos, após a instituição da Lei Áurea, em 1888, que libertos eles puderam ter seus direitos respeitados e igualados, como por exemplo o direito ao voto. 

Fui de férias em Fevereiro visitar uma amiga que mora em Guarajuba e fiquei apaixonada pela praia. Localizada no litoral Norte de Salvador, a vila é um lugar lindo, encantador. Ficamos em uma casa cheia de muito carinho.

Bem próximo de lá a praia que íamos tinha a maré bem baixinha logo pela manhã. Eu corria para brincar com os caramujos que ficavam nos corais. Tinham peixes coloridos, carangueijos. Eles morriam de medo de mim. Ao me ver logo se escondiam. Alguns pescadores locais iam mais distante pescar. Eu observava como eles eram pacientes com o mar, com as ondas.

Fomos também à Praia do Forte visitar o projeto Tamar e desfrutamos da vila maravilhosa cheia de restaurantes e nativos tocando música por entre a igrejinha tradicional de lá.

Bahia, de todos os Santos e todo Axé.. Salve o baiano, salve o acarajé. Hehehehehe

Amo!