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sexta-feira, 16 de agosto de 2019

Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara dos Deputados se reúne com funcionários da VALE para falar sobre o rompimento da barragem de Brumadinho






Após a aprovação da Reforma da Previdência na Câmara dos Deputados por 370 votos a 124, o Senado recebe o texto para sua avaliação. Enquanto isso, as Comissões se reúnem para debater alguns assuntos, entre eles a tragédia que ocorreu em janeiro deste ano em Brumadinho, Minas Gerais, quando a barragem da cidade foi rompida.

Alguns dos funcionários da Vale estiveram na reunião para prestar esclarecimentos sobre o fato, que até hoje não teve um desfecho. A empresa responsável pelo acidente que afetou milhares de pessoas é uma das culpadas, tendo sido convidada a dizer por que e como o ocorrido se deu. A barragem teve um rompimento de uma de suas partes e matou centenas de pessoas que moravam lá. Elas, no entanto, até o momento, ainda não foram indenizadas pelo incidente.

Em depoimento sobre o ocorrido, Lucas Brasil, ex-funcionário da Vale, disse que esteve no local onde a mina se rompeu, mas que não sabe detalhes do episódio. Indagado pelo deputado federal Roberto Ferreira (PRB/SP) a quem reportava os conflitos que surgiam acerca do rompimento da barragem, o ex-funcionário da empresa, respondeu que não sabia muito dos riscos que a mina reservava. O Córrego do Feijão foi um dos locais afetados.  

Ainda em resposta sobre o acontecido, um dos servidores presentes da empresa, Armando Mangolim, acrescentou mais informações sobre o acidente. Segundo ele, a avaliação técnica feita pelos engenheiros da área constatou que havia um tubo de água que podia estar obstruindo o escapamento por onde a água escorria. Ele entende que o local não estava adequado para realizar tal procedimento como o que houve. A tubulação tinha cerca de 73 metros de profundidade e, por isso, afirmou em nota técnica que o vazamento ocorreu de maneira isolada. A auditoria, segundo ele, feita em junho não constatou nada disso e, deveria ter sido melhor supervisionada.

O deputado Júlio Delgado (PSB-MG), questionou o funcionário da VALE sobre alguns acontecimentos sobre a própria natureza do local que também foi afetada. Ele criticou o fato de que a mina estava em um local inadequado, e que por isso colocava em risco a vida das pessoas que moravam ali. Em resposta so parlamentar, o engenheiro afirmou que as cidades próximas ao local como Brucutu, Itabira e Mariana podem ser afetadas se não houver inspeção adequada.

O último convidado da Comissão Parlanentar de Inquérito da Câmara dos Deputados (CPI) a falar, o engenheiro Paulo Abrão, explicou que alguns dos locais que sofreram problemas por estarem mal inspecionados ambientalmente eram passíveis de acidente. Ele afirmou que a drenagem que foi feita na época não foi adequadamente realizada e por isso, acabou gerando resultados negativos.


Foto: jornal O Globo


quarta-feira, 7 de agosto de 2019

Mobilidade urbana é tema de debate na Câmara dos Deputados


Comissão especial estuda e analisa o tema bastante controverso da área de transporte público




“Mais de 11% dos trabalhadores gastam cerca de 60 minutos de deslocamento com transporte público para ir para o serviço hoje, no país”, explica Cléver de Almeida diretor do departamento de Planejamento e Gestão de Mobilidade e Serviços Urbanos do Ministério de Desenvolvimento Regional.

Para explicar esse número, a Constituição Federal traz algumas especificações sobre o assunto. No seu artigo 6° ela defende que o transporte é um direito social e, que a União, Estado, Distrito Federal e Municípios, cada um com sua particularidade, deve dirigir sobre como melhorar a qualidade do serviço local. Hoje, quem faz a regulação dos transportes públicos no país é a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que segundo especialistas do tema será a principal convidada a defender e falar do assunto, na próxima audiência.

A Comissão Especial destinada a proferir o parecer ao Projeto de Lei n°4881 de 2012 analisou o assunto na Comissão Especial da Câmara dos Deputados, no dia 26 de junho e institui as diretrizes da Política Metropolitana de Mobilidade Urbana (PMMU). O projeto em questão pretende ainda criar o Pacto Metropolitano da Mobilidade Urbana, bem como o Sistema de Informações dos Transportes Metropolitanos (SITRAM), com a Autoridade Metropolitana de Transportes e o Fundo Metropolitano de Transporte Público.

Sobre o debate em questão, o administrador Ricardo Alvarenga - Diretor do Departamento de Projetos de Mobilidade e Serviços Urbanos do Ministério de Desenvolvimento Regional, reclamou que falta mais habilidade técnica dos responsáveis pela gestão do território de transporte local do que como o recurso em si investido é aplicado.

Já o Centro Interdisciplinar de Estudos em Transportes (CEFRU) da Universidade de Brasília (UnB), com foco no resultado da qualidade do serviço oferecido pelos transportes locais e municipais, estimula e apoia o serviço de mobilidade urbana.

O deputado cearense Bosco Costa (PL/SE), membro da Comissão, defende que os transportes rodoviários e ferroviários estão carentes de atenção, por isso a sociedade que usa esse serviço, bem como o governo e as indústrias devem melhorar a infraestrutura local.