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quinta-feira, 9 de julho de 2020

Vacina da Universidade de Oxford em parceria com a Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) pode ser aplicada no Brasil




Parlamento estuda as possibilidades de combate ao Covid-19

O trabalho que a Universidade de Oxford vem desenvolvendo em parceria com a Fundação Osvaldo Cruz (FioCruz) do Brasil, pode trazer a aplicação da vacina já no início do ano que vem. Em reunião realizada dia 1 de julho na Comissão Externa em combate ao Coronavírus da Câmara dos Deputados, governo e instituições debateram a melhora maneira de viabilizarem a vacina.

O laboratório responsável pela transferência de tecnologia da Universidade de Oxford para a FioCruz é o AstraZeneca. O diretor executivo de relações Corporativas, regulatório e Acesso ao Mercado da AstraZeneca do Brasil, Jorge Mazzei, disse que os estudos estão em fase de conclusão para a aplicabilidade da vacina aqui. “Somos o laboratório que vem desenvolvendo inovação em fármacos no Brasil, em breve os testes serão feitos em humanos, no país”, explica.

Segundo Maria Ausgusta Bernardini, diretora Médica da AstraZeneca Brasil, o processo de desenvolvimento do vírus na Plataforma desenvolvida pela Universidade de Oxford para se chegar a resultados promissores da vacina, têm várias etapas. “Descobrimos a AZD1222, que é um adenovírus que foi modificado geneticamente pra não se replicar, que atua diretamente na aplicação da proteína spaiker SAKER COV-2 que é quem faz o primeiro contato com o COVID-19, filtrando informações do vírus, antes de ele entrar no organismo. 

Segundo ela, a plataforma de estudo da Universidade de Oxford, que faz esse estudo de triagem, vem trabalhando nisso há bastante tempo com outros vírus, como o Influenza. Ela disse ainda que na síndrome respiratória que houve no Oriente Médio foram obtido resultados positivos acerca desse sistema de avaliação. “As células responderam tanto ao sistema Imunológico como quanto o organismo”.

Bernardini disse que desde abril deste ano, testes estão sendo feitos em pacientes voluntários. “Em Oxford, na Inglaterra, desde abril, a Fundação Lemann e a Universidade de São paulo (Unifesp) vem apoiando o estudo. A interlocução que vem acontecendo entre os institutos de pesquisa, as universidades e a FioCruz com a Universidade de Oxford é muito importante para que possamos parar de perder vidas. A vacina vai ajudar a combater o número de mortes e assim, sucessivamente, a melhora da economia”, avalia.

Em resposta aos dirigentes, a presidente da Fiocruz, Nísia Lima, falou do importante trabalho que vem sendo feito, bem como as expectativas de esperança que eles têm na obtenção da vacina para a população. “As decisões do Governo Brasileiro são bastante pertinentes no momento. Fizemos as análises referente aos estudos juntamente com a Universidade de Oxford e Bio-Manguinhos e, pretendemos em breve fazer a transferência de tecnologia para a implantação da vacina, já agora no primeiro semestre de 2021, eu espero”, afirma.

Nísia Lima disse ainda que Bio-Manguinhos já exportou vacinas para mais de 70 países e que isso foi feito graças a Legislação aprovada no ano passado, 2019, no Congresso Nacional. “Ela nos permitiu fazer exportação para o exterior”, lembrou.

Bio-Manguinhos é o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos, unidade da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) responsável por pesquisa, inovação, desenvolvimento tecnológico na produção de vacinas e fármacos.

O diretor executivo, Denis Mizne, da Fundação Lemann falou da importância do investimento no setor social que o Brasil ainda precisa desenvolver. “O esforço em conjunto com o trabalho que a ciência vem fazendo, tem sido muito importante para o país avançar,” acrescenta.

Em análise ao que foi dito, a reitora da Unifesp, Soraya Smaili, disse que o hospital universitário da Universidade se organizou para receber os pacientes de COVID, bem como uma campanha de doações. “Temos mais de 580 leitos operacionais e cerca de 60% das enfermarias são para pacientes de coronavírus. Começamos com 35 e já estamos com 71”, diz.

Ministério da Saúde

A diretora do Departamento de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde (DECIT/SCTIE/MS), do Ministério da Saúde, Camile Giaretta Sachetti, disse que a secretaria de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde vem apoiando o Sistema Único de Saúde (SUS) com projetos que visam o tratamento de vacinas no Brasil e acompanhamento de publicações científicas. “Queremos que o acesso às instituições seja rápido, sério e eficiente”, explica.

Segundo ela, o Ministério da Saúde possui um programa nacional de imunização, que desde a década de 70, trabalha com o intuito de imunizar a população com vacinas. “Temos uma expertise em aplicabilidade de vacinas e por isso, procuramos atender crianças e a população brasileira da melhor forma”.

O deputado Luiz Antônio Teixeira (PP-RJ), presidente da Comissão Externa em Combate ao COVID-19, perguntou como seria na prática a aplicação da vacina. “Como será a aplicabilidade das vacinas? Em frascos? Quantas doces? Como a gente iria imunizar as pessoas? Qual seria o prazo de distribuição, temperatura? Precisamos saber disso”, argumenta.

O deputado Miguel Lombardi (PL-SP), membro da Comissão de Seguridade Social e Família, falou que está otimista quanto a possível aplicabilidade da vacina.

Gustavo Mendes, representante da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), questionou as fases de pré-clínica, que são pontos importantes a serem observados antes de pensar em qualquer aplicabilidade. “Como está a segurança das pessoas que estão sendo voluntárias nesse momento? Quais as reações adversas? Riscos? E por quanto tempo esse individuo será imunizado?”, questiona Mendes.

Em contrapartida, o Embaixador Britânico no Brasil, Vijay Rangarahan, disse que o momento é difícil para o mundo todo e que o coronavírus é um desafio mundial. “A cooperação internacional é fundamental. O primeiro ministro Boris Johnson liberou uma parte da ajuda para que essa vacina continue em andamento. Nós acreditamos que o investimento que fazemos de milhões de libras à Oxford vai trazer bons resultados”, avalia.

O embaixador britânico acredita que a ciência é bastante importante no andamento dos estudos da vacina e listou a Unifesp. “Queremos fortalecer o laços com o Brasil e que será bastante importante nos próximos anos. O SUS e o Sistema de Saúde do Reino Unido se assemelham muito e com certeza esse não será somente o desafio que teremos no mundo”, diz.

O presidente da Comissão de Seguridade Social e Família, deputado Antônio Brito (PSD-BA), esteve presente junto com a relatora da Comissão Externa Carmen Zanotto (Cidadania-SC).

Repórter: Elô Bittencourt



quinta-feira, 2 de julho de 2020

Ministério da Saúde disponibiliza R$ 138,9 bilhões para o combate ao COVID-19

 

Segundo o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, a ferramenta TELE SUS do ministério já atendeu 74 milhões de pessoas 

E vêm, pelo LOCALIZA SUS, atendendo pacientes infectados com o novo coronavírus


A Comissão Mista do Congresso Nacional destinada a acompanhar as medidas relacionadas ao coronavírus realizou, no dia 23 de junho de 2020, audiência pública para discutir as ações do Ministério da Saúde no enfrentamento a pandemia do COVID-19.

O ministro da Saúde interino, Eduardo Pazuello, falou que a parceria com o legislativo é de extrema importância no momento de crise sanitária que o país vive. Ele disse que já foi disponibilizado pelo Ministério da Saúde, cerca de R$ 138,9 bilhões para o combate ao COVID-19 esse ano e mais R$ 39, 3 bilhões em créditos extraordinários. “Tivemos oito medidas provisórias que autorizaram a aprovação dos recursos que foram repassados aos Estados e Municípios.”, esclarece.

Pazuello falou ainda que o Ministério da Saúde está trabalhando na aquisição de leitos efetivos para os hospitais. “Trabalhamos com as empresas brasileiras diretamente e compramos delas os equipamentos necessários para tratar o COVID-19, para não ter que buscar nada no mercado internacional”, acrescenta.  

Ele informou também que o governo já investiu cerca de R$ 1,2 bilhões para habilitar 8.605 leitos de UTI exclusivos para tratar pacientes com coronavírus. Segundo ele, cerca de 13 milhões de medicamentos entre eles a cloroquina, 4,4 milhões e as cápsulas de Oseltamivir com 8,5 milhões, foram distribuídos, além de 11,3 milhões de testes de diagnósticos e 1,3 milhões de ventiladores.

SUS

Ao lado da equipe ministerial que o acompanha no ministério da Saúde, Pazuello disse que está montando os Centros de Referências que recebem pessoas que estão com sintomas de coronavírus para serem tratadas e supervisionadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

“Diagnóstico clínico é soberano e passa a ser base de dados para podermos compreender a evolução da doença. Dessa forma, vamos chegando mais positivamente a resultados oficiais de pessoas contagiadas”, avalia o ministro.

O ministro falou também do TELE SUS que é uma ferramenta que vêm atendendo a população. Cerca de 73,4 milhões de pessoas já foram atendidas e anunciou o lançamento do LOCALIZA SUS, que mostra aonde, em gráficos, o SUS vêm atendendo e quantos casos ele já atendeu. Nele, você pode acompanhar aonde o Sistema de Saúde está presente trabalhando em busca da melhoria de pacientes.

O relator da comissão, deputado Francisco Júnior (PSD/GO), falou dos desafios que o mundo têm, bem como o Ministério da Saúde de realizar as benfeitorias no momento de pandemia. “O Brasil já tem mais de 1 milhão de pessoas diagnosticadas com o coronavírus e os Estados Unidos já passou na semana passada esses números de pessoas. Tendo em vista o tamanho do território brasileiro é preocupante a nossa situação, avalia o parlamentar", relator da Comissão.

Membro da Frente Parlamentar das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos, o deputado Miguel Lombardi (PL/SP) diz que o Município de Limeira (SP) foi contemplado pelo Ministério da Saúde com cerca de R$ 4 milhões para o sistema de saúde no combate a pandemia. “Sigo trabalhando fortemente com o Ministério da Saúde buscando garantir mais estrutura para os Municípios e o Brasil”, garante o parlamentar.

O senador Izalzi Lucas (PSDB/MG) cobrou respostas sobre a última fala do ministro de Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, que disse que a implantação do medicamento testado em combate ao tratamento do coronavírus que foi anunciado seria aplicado em breve.

O presidente da Comissão, senador, Confúcio Moura (MDB/TO), informou que o relatório da Comissão ficará disponível na página do Senado para mais detalhes.

Repórter: Elô Bittencourt

 


terça-feira, 2 de junho de 2020

Vacina contra o COVID-19 poderá estar vigente em Julho

 

Multinacional farmacêutica faz testes em pacientes na Alemanha e Estados Unidos e diz que no próximo semestre provavelmente haverá resultados positivos


“A ciência já mudou a história da humanidade e ajuda a melhorar a situação de momentos que foram devastadores na história do passado. É normal a sociedade buscar entender o que está acontecendo e respostas. A comunidade científica já têm resultados que foram enviados ao presidente da república, Jair Bolsonaro e ao Ministério da Saúde”, garante Carlos Murillo, presidente da Pfizer Brasil, empresa farmacêutica multinacional responsável por soluções em medicamentos.

Murillo explica ainda que a solução de resultados que se está tendo hoje exige muito trabalho e por isso encontra-se ainda em andamento. “Uma coisa é trabalhar nela, vacina, e a outra é em como ela vai chegar às farmácias. Por isso, é importante o alinhamento de nós, empresa, com o governo”, avalia.

A Comissão Externa, em combate ao novo coronavírus da Câmara dos Deputados, se reuniu no dia 27 de maio de 2020, no Congresso Nacional, para debater os avanços das pesquisas para o desenvolvimento de imunização para a Covid-19.

O presidente da Comissão, deputado Luiz Antônio Teixeira (PP/RJ), questionou a aplicabilidade dos fatos e como a produção de vacinas se dará para efeito da população.

Carlos Murillo garante ainda que está estudando junto ao governo brasileiro estabelecer essa ação e que muito em breve com o presidente da República, Jair Bolsonaro vai  verificar esta medita.

Em seguida, a médica Sheila Homsani, diretora Médica na Sanofi Pasteur do Brasil, falou que agora é o momento mais importante para se encontrar a vacina.

“A sequência genética que encontramos no coronavírus é um vírus que é encontrado em artrópodes como borboletas e mosquitos e, esse vírus, o “baculovírus”, é quem “estressa” as proteínas que quando é copiado, consegue reagir de maneira positiva ao que pretendemos obter”, explica Sheila. Ela disse ainda que ele, o vírus, trabalhando junto com um coadjuvante, pode resultar em bons efeitos.

As pesquisas tecnológicas variam e embora modernas elas tem de trabalhar juntas. O RNA mensageiro, por exemplo é a receita do bolo para quando copiamos as células do coronavírus, pois ele reage em defesa do sistema imunológico. Ou seja, se conseguirmos parcerias com inteligências artificiais poderemos encontrar ainda mais soluções, rápidas, para tratar o COVID-19.

Para entender melhor, o RNA mensageiro (RNAm) tem a função de orientar a síntese de proteínas, estruturas cujo o papel central em todos os seres vivos é a manifestação das características hereditárias contidas no DNA, ou seja, ele busca informações no DNA original do vírus para em seguida passar para o RNA mensageiro, que vai agir de forma eficiente no organismo. 

O pesquisador Emérito da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), doutor Akira Homma, disse que o Brasil não tem uma vacina ainda para aplicar e que eles estão trabalhando para que isso aconteça o mais rápido possível. “Em acordo com o ministério da Saúde, as análises técnicas estão sendo detalhadas para que junto com os processos produtivos das análises científicas, como tamanho de frascos, modelos de entrega, possam se aplicar as vacinas”, explica.

Em contrapartida, o diretor do laboratório de imunologia do Incor, professor Titular da Faculdade de Medicina da USP e diretor do Instituto Butantan, doutor Jorge Kalil, explica que embora hajam vários estudos para a busca da vacina, não haverá uma vencedora e sim aquela que poderá ajudar a população. Ele falou que para uma vacina ser inteiramente pronta ela leva tempo e ele duvida que haja em tão pouco tempo uma habil para uso efetivo nas pessoas. “Os testes em humanos poderão ser feitos ano que vem”, diz Kalil.

Ele defendeu que os resultados devem, para ser efetivos, publicados em revista científicas. “Sabemos como isso funciona. É demorado. O acesso a tecnologia, sem dúvida, podemos trabalhar para isso aconteça, mas uma vacina de RNA ainda não existe e por isso, não sabemos se vai funcionar”, afirma.

Ele lembrou ainda que o Brasil não faz parte do Fórum das Nações Unidas que debate o combate ao coronavírus. “Isso é péssimo pra gente”, afirma.

Próximo ao que a Comissão defende o Projeto de Lei de número 2180/20 do deputado Miguel Lombardi (PL/SP) onera a Administração Pública acerca do momento que é a pandemia aonde ele pede que governadores e prefeitos a divulgarem de forma ampla todas as compras e contratações da Administração Pública durante esse período.

Já o Projeto de Lei 468/19 do deputado Luiz Antônio Teixeira (PP/RJ) fala da criação do cartão de vacinas para que as pessoas possam acessar em tempo real as vacinas realizadas no posto de saúde.


Números do COVID-19 no mundo

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), existem hoje no mundo confirmados, cerca de 5.488.825 casos de pessoas com o COVID-19.

Nas américas somam-se 2.495.924 mil e no Brasil, somente na região Sudeste aonde concentram-se o maior números de casos, 144.446 mil.








Fontes: Comissão Externa de Ações Contra o Coronavírus da Câmara dos Deputados Organização Mundial da Saúde (OMS) e Ministério da Saúde (MS)

Site do MS: https://covid.saude.gov.br/ Site da OMS: https://www.who.int/emergencies/disea... Site da Câmara dos Deputados: https://www.camara.leg.br/

Link para o Canal "Café Com Letras" do Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=Ql7Bhzu1HzY

Elô Bittencourt

 


quinta-feira, 28 de maio de 2020

“Senso trágico não significa ser pessimista, mas apenas compreender a vida com todas as suas limitações”

Análise técnica e política – Cenário político brasileiro mundial

Artigo

Elô Bittencourt

 

Antes do Brasil pertencer ao sistema de governo atual, presidencialismo, ele era Monarquia e tinha antes da proclamação da República, em 1889, cerca de 1.204.806 escravos

Será que estamos correndo o risco de pertencer ao que éramos antes?

 

O historiador Gordon S. Wood, autor do livro “The Purpose Of The Past: Reflections On The Uses Of History”, que em Português quer dizer: “O objetivo do passado: reflexões sobre os usos da história”, explica que “entender o passado em toda a sua complexidade é uma forma de adquirir sabedoria, humildade e um senso crítico trágico a respeito da vida”. Lógico em seu argumento, o premiado historiador literário americano acerta ao entender traduzir um pouco das raízes do país as quais dificultam-o a evoluir e têm sido tão cruel com os resultados obtidos.  

Maior potência dos Estados Unidos da América, os Estados Unidos têm um Produto Interno Bruno (PIB) aproximadamente 12 vezes superior ao brasileiro e, entre outras conquistas... Já mandou um homem a Lua há mais de quatro décadas, colecionou 74 ganhadores de prêmio Nobel em diversas áreas do conhecimento e apresenta números invejáveis no IDH, o Índice das Nações Unidas que mede o grau de desenvolvimento humano.

Mesmo por isso, o Brasil ter sido independente de Portugal foi muito importante e um passo grande para o país que tinha em 1822 menos de 5 milhões de habitantes, um número menor de pessoas do que tem hoje o Rio de Janeiro. Para o literário, Sérgio Buarque de Holanda a “Independência foi produto de uma “guerra civil entre portugueses”.

Quando a República foi proclamada no Brasil, em 1889, o Brasil era a única Monarquia da América do Sul. Para entender melhor, vamos analisar. Existem dois tipos de sistema de governo, são eles o parlamentarismo e presidencialismo e duas formas de governo que são a República e Monarquia, segundo o especialista em Direito Constitucional, Pedro Lenza. Vou dar um exemplo, o Reino Unido e o Japão, são parlamentaristas pois, detém de um primeiro ministro que governa o país sobe a égide do seu reinado, no caso da Inglaterra, a Rainha Elisabeth 2ª. Já o Brasil detém do sistema de governo presidencialista que é feito pelo voto direto, pelas urnas, democraticamente, que elegeu o atual presidente da República, Jair Bolsonaro.

Logo, podemos compreender que o Brasil sendo ele presidencialista, passou por várias transformações até chegar aqui. O que isso significa? Que o atual presidente, seguido da sua equipe ministerial, escolhida por ele mesmo há exatos um ano e meio, que foi o início do seu mandato, está tomando as melhores decisões para estarmos aqui. Será?

Pra concluir, vou fazer um paralelo do que foi o Brasil, oriundo de um passado desafiador que foram os riscos enfrentados pela ruptura de Portugal citando o trecho do historiador Laurentino Gomes do livro 1822, aonde ele lembra, naquela época, que os medos do Brasil eram tantos de se separar de Coimbra que a pequena elite brasileira, constituída por traficantes de escravos, fazendeiros, senhores de engelho, pecuaristas, comerciantes, padres e advogados, se congregava em torno do Imperador Pedro I como forma de evitar o caos de uma Guerra Civil ou étnica.

Aí eu finalizo deixando a pergunta pra vocês...

O Brasil, passados 130 anos, melhorou? Amadureceu na forma que o governo se comporta?

   

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fontes:

Livro Laurentino Gomes - 1822

https://www.ecodebate.com.br/2017/05/03/populacao-e-economia-nos-200-anos-da-independencia-brasil-1822-2022-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-alves/

https://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:wITRFhc1MJUJ:https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/11/regime-majoritario-ha-200-anos-monarquia-e-minoria-no-mundo-atual.shtml+&cd=17&hl=en&ct=clnk&gl=br

 

 

 

 

 


terça-feira, 12 de maio de 2020

Ministério da Saúde vai vacinar 67 milhões de pessoas contra gripe


E, até setembro, quer entregar 11.679.928 testes rápidos aos Estados para o combate ao Covid-19

Segundo o ministro da Saúde, Nelson Teich, as medidas de ação em defesa da população de cada Estado e Município devem ser tomadas separadamente                                    

“A COVID-19 atrai todas as atenções nesse momento. Precisamos, porém, antes, entender o que está acontecendo no país. Além disso, a avaliação da doença deve ser bastante detalhada e cada Estado e Município mostra uma realidade. Diferentes partes da sociedade vivem diferentes conjunturas e por isso as ações precisam ser melhor avaliadas”, defende Nelson Teich, ministro da Saúde.

No Brasil, a pandemia causada pelo novo coronavírus vêm se espalhando cada vez mais e nos últimos meses, no Estado do Amazonas, região Norte, os números aumentaram. Seguindo o Sudeste com 5.723 mortes confirmadas, o Nordeste com 3.167, o Norte está em terceiro, com 1.844 óbitos.

Por esse quadro, têm se verificado cada vez mais a necessidade da aplicação dos testes rápidos, em massa, nos postos de saúde e também, principalmente, entender como os Estados e Municípios, que estão tendo dificuldades em aplicar tal medida, podem melhorar os atendimentos.

Em análise no Congresso Nacional, a reunião legislativa ocorrida na semana passada, 6 de maio de 2020, na “Comissão Externa para Ações Contra o Coronavírus” da Câmara dos Deputados, o tema foi debatido, bem como as formas de implementação de melhorias aos hospitais e cidades.

O ministro da Saúde, Nelson Teich, esteve no Estado do Amazonas verificando o andamento do efetivo de soluções.

Pela manhã, o vice-presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de Produção e Inovação, Marco Krieger, esclareceu que o laboratório de referência nacional que estuda o vírus respiratório de sarampo, em parceria com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e Ministério da Saúde, pretende entregar esse mês o número de 3.697.928 mil testes moleculares em massa aos hospitais da rede pública, almejando chegar, dessa forma, em setembro, a premissa de 11.697.928 mil testes.

O pesquisador garante ainda que dezenas deles já foram entregues. “Antes de chegar aos hospitais os testes passam pela produção em massa que são as operações básicas, soluções integradas, produtividade e resultados obtidos nos laboratórios públicos das universidades", explica.  

O coordenador de vigilância em saúde e laboratórios de referência da Fiocruz, professor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Rivaldo Venâncio da Cunha, explicou que as amostras de pacientes que possivelmente estejam contaminadas com o coronavírus estão sendo cuidadosamente analisadas, os anticorpos, bem como sendo observados por meio dos exames laboratoriais feitos aqui no país.

Já o presidente da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (ABRAMED), Wilson Shcolnik, esclareceu que os exames laboratoriais estão sendo feitos e que cerca de 25 mil testes de reagentes em pacientes que precisavam verificar a imunidade e se são assintomáticas, já foram feitos. 

Ele explica ainda que a classe de IGM e IGA de anticorpos que são contemplados em resultados de testes armazenados, foram especificados. Para entender melhor, a classe IGM indica quais anticorpos foram formados durante a resposta primária dos testes e são também os primeiros que se formam em resposta a patógenos complexos, e o IGA é a imunoglobulina que é encontrada em secreções, como a saliva, lágrima e fluidos nasais. Ou seja, esses genes compõe, estão inseridos, nos testes rápidos que são encontrados nos postos de vacinação de todo o país.

Para Wilson, os resultados dos testes que são feitos coletando o sangue no dedo, são mais objetivos do que os capilares, feitos com fio de cabelo da pessoa, por isso ele diz que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) avalia o primeiro método como mais seguro que os demais testes sugeridos. “O controle e a qualidade dos testes feitos pelo sangue, são melhores”, assegura.

“Alguns testes de PCR estão sendo feitos para verificar se a pessoa tem ou não o vírus e, são entregues à sociedade civil”, avalia Alessandro Pascolato. Supervisor Médico do Laboratório de Biologia Molecular da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, Pascolato diz que as universidades devem estar muito bem alinhadas com o Congresso Nacional para que a produção de conhecimento chegue devidamente à população.

Alessandro lembrou ainda que o fato de sair ou ficar em casa não é o mais importante agora, mas sim “a consciência da população que deve fazer os testes para saber se tem ou não o coronavírus”. Ele disse ainda que outros tipos de vírus como gripe e influenza estão por aí e é preciso tomar cuidado. O médico da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre enfatizou que quanto mais a população demora a se expor ao vírus, mas tempo ele demora a passar. “Devemos agir combatendo o vírus pela raiz e, a melhor maneira é enfrentando ele”, afirma.

O presidente da Comissão Externa para Ações contra o Coronavírus, deputado Luiz Antônio Teixeira (PP-RJ), falou que o estado do Rio de Janeiro está quase entrando em situação de calamidade pública. “Temos um dos piores cenários do país. Ele têm, na sua condição real, a difícil tarefa de pedir um plano de ação ao governo federal” diz.

O deputado Miguel Lombardi (SP/PL) acredita que as medidas que estão sendo tomadas pelo Governo Federal em combate ao coronavírus estão no caminho certo e defende que a União, Estados e Municípios devem divulgar na Internet a relação dos contratos firmados acerca do avanço da epidemia da Covid-19. “O meu Projeto de Lei 2180/20 prevê que os contratos emergenciais firmados pela administração pública com os Entes da Federação sejam mais transparentes para que, durante a epidemia de COVID-19, possamos acompanhar melhor o que vêm sendo feito”, defende Lombardi. 

O ministro da Saúde, Nelson Teich, disse que essa semana o ministério vai visitar os Estados e convidou os parlamentares representantes dos seus Estados a irem com ele fazer, pessoalmente, as visitas. Na apresentação feita por Teich, o Estado de São Paulo está entre os que tem maior número de mortos, cerca de 37 mil, seguido pelo Rio de Janeiro. Brasília está em 14º  lugar com o número de 1.906 de mortos até o momento.

O ministro acrescentou ainda que esse é o momento de buscar informação, juntar o time e trabalhar com eficiência.

A deputada Carmen Zanotto (Cidadania/SC) cita a difícil questão de logística dos Estados e Municípios. “Precisamos organizar como as prefeituras vão fazer os PCRs, teste rápido que detecta o coronavírus, chegar aos hospitais”, diz.  

A reunião legislativa ordinária aconteceu por videoconferência e reuniu especialistas do governo federal, parlamento, academia e sociedade civil.  

 





domingo, 26 de abril de 2020

Instituições Democráticas de Direito, existem?



O Brasil vive hoje um dos piores momentos da história política do Governo Jair Bolsonaro. Em menos de dois anos de gestão o ex-parlamentar escolhido pela maioria dos brasileiros para ser o presidente da República, vêm se mostrando impulsivo, imoderado e com pouco espírito coletivo.

Enquanto os olhos do país deveriam estar na prevenção da maior pandemia da história mundial que é o coronavírus, eles estão nos ataques às Instituições democráticas de direito. Mas como assim? Rui Barbosa já dizia:

“Fora da lei, a nossa Ordem não pode existir senão embrionariamente como um começo de reivindicação da legalidade perdida. Legalidade e liberdade são o oxigênio e o hidrogênio da nossa atmosfera profissional. [...] Dos tribunais e das corporações de advogados irradia ela a cultura jurídica, o senso jurídico, a orientação jurídica, princípio, exigência e garantia capital da ordem nos países livres”.

O que isso significa?

Explico. O Brasil tem hoje, 16 ministérios, dois desses, ministros, sairam em menos de 1 mês e meio de gestão. Do total, eles têm (ou deveriam ter) inteira autonomia para gerir suas instituições públicas, cada qual vinculada a sua devida pasta. Por exemplo, Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação (MCTIC) tem autonomia para gerir suas Agências, como a Agência Espacial Brasileira (AEB), Conselhos: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Empresas Públicas, como os Correios.

No entanto, isso não vêm acontecendo e, a prova disso foi o pedido de demissão, saída, do ex-juiz, Sérgio Moro, do cargo de ministro do “Ministério da Justiça e Segurança Pública”, que tem como órgão subordinado a ele, a Polícia Federal. Isso significa que o “Ministério” deveria ter “responsabilidade” sobre ela. Pois, se o presidente da República, que tem poder pra tirar e colocar quem ele quiser de qualquer lugar da Administração Pública do Brasil, o fizer, não haveria necessidade dos técnicos e especialistas de cada área, nas suas devidas casas, atuarem com legitimidade.

Aonde eu quero chegar?

O Estado democrático de direito precisa respeitar suas Instituições e principalmente “Ouvir” os escolhidos, paradoxalmente, pelo próprio presidente da República, Jair Bolsonaro, para cada Instituição de Direito.

Eu adoraria concluir o artigo imaginando que tudo isso que vêm acontecendo é imaturidade política e pouca experiência em gestão do Chefe de Estado, mas não. O Brasil tem um histórico de colônia de escravos, e vai ser preciso muito trabalho para mudar esse “modelo” oriundo pela própria história. E, aqui cito a fala do ex-presidente, sociólogo, Fernando Henrique Cardoso... “O Pr está cavando sua fossa. Que renuncie antes de ser renunciado. Poupe-nos de, além do coronavírus, termos um longo processo de impeachment. Que assuma o vice para voltarmos ao foco: a saúde e o emprego. Menos instabilidade, mais ação pelo Brasil”.

Elô Bittencourt é jornalista

quinta-feira, 19 de março de 2020

Grupo de cidades Inteligentes da Câmara dos Deputados debate educação para sociedade inovadora e as profissões do mercado


Mas.... É tempo de coronavírus

O presidente do Congresso Nacional, senador David Alcolumbre está com o vírus e algumas Comissões do Parlamento suspenderam as atividades



O número de mortes pelo novo coronavírus já chega a 9.000 mortes em todo o mundo, foram 6 mortes no Brasil, cerca de 621 casos confirmados e milhares de pessoas com medo do vírus que vêm matando milhares de pessoas. A Itália supera o número de mortes da China com 3.245 mortes para 3.405 mortes. Os Italianos temem o número de mortes que essa epidemia pode causar. O balanço é da agência Reuters e leva em conta dados oficiais dos países atingidos pela pandemia nessa última sexta-feira, 20 de março, segundo o jornal G1.

Como agir diante de um dado que assusta milhares de pessoas e as fazem não querer e poder sair de casa? Se isolar é o melhor a fazer? Sim! Se isolar e se proteger, bem como as medidas básicas de higiene que são lavar as mãos com água e sabão rotineiramente são as mais adequadas. 

Mas, não vou aprofundar nesse assunto agora. Vou falar da última reunião realizada dia 10 de março na Comissão do Grupo de trabalho sobre cidades inteligentes, da Câmara, que falou de um tema super interessante e que faz a gente pensar na velocidade que a academia anda, bem como a internet, que influencia milhares de pessoas a se comunicar de forma mais rápida.

Algumas das profissões mais cobiçadas do mundo como médico, advogado, engenheiro e jornalista são as mais requisitadas. E, por isso a mudança sobre um novo modelo de ensino vem sendo debatido. A probabilidade de que essas disciplinas mudem, porém é bem possível. Como entender esse cenário e como os conteudistas de ensino serão inseridos na era digital? A tecnologia seria um meio de desenvolver pessoas? Como trabalhar isso? Para a pesquisadora do Centro de Inovação para a Educação Brasileira, Lúcia Gomes Dellagnelo, algumas das novas profissões serão de Conteudista, Arquitetos da informação, Uxwriters que é um criador de plataformas digitais e, Políticas de IoT (Internet das Coisas).  

“Temos o objetivo de cuidar da tecnologia como principal foco de educação para o país. Na pesquisa que fizemos nas escolas brasileiras descobrimos que a maioria delas tem níveis muito diferentes de aprendizado e infraestrutura”, explica a  presidente do Centro de Inovação para a Educação Brasileira (CIEB), Lúcia Gomes Vieira Dellagnelo.

Com as mudanças que a sociedade vêm sofrendo nas escolas a pesquisadora defende que alguns pontos importantes como programação e análise de dados de computador deveriam ser incluídos nos estudos. Além disso, ela defende que a maioria dos professores ainda precisam ser treinados para ter educação especializada. Na maioria das escolas do país, as públicas, essa realidade ainda é distante e somente algumas poucas particulares a têm, em comparação com as internacionais.

Algumas escolas como o colégio Marista de Brasilia já possuem mecanismos de avaliação de alunos que medem como cada indivíduo ou grupo interage com o conteúdo no dia a dia e assim, avaliam o aluno individualmente para melhorar a qualidade do aprendizado.

Alguns pontos importantes que devem ser levados em conta seria o estudo em programação e análise de dados de computador. Segundo a pesquisadora Lúcia Dellagnelo os treinamentos em inteligência articificial já existem, mas “ainda não se sabe qual o limite dela” ou como estudar ela.

Aprendizagem, participação social e preparação profissional são algumas das ferramentas que algumas competências digitais para estudantes devem tomar, nas escolas. As tecnologias que permitem que o aprendizado individual do aluno seja acompanhado mais de perto é o objetivo da maioria delas.

O Ministério da Educação tem um Programa chamado “Conexão” que já permite que o currículo de um jovem aprendiz possa se habilitar e estar apto ao uso da ferramenta digital. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTI) e a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) também já trabalham nesse sentido.

A Estônia, país do norte da Europa foi um lugar que cresceu bastante em termos de educação de base e capital humano e que teve destaque esse ano.

Em relação ao ensino público o pesquisador Cláudio Benedito Silva Furtado, secretário de Estado da Educação e Ciência e Tecnologia da Paraíba, disse que as cidades que estão na frente são Belo Horizonte, Brasilia, Curitiba e Rio de Janeiro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ele explica que a perda de empregos ainda é algo preocupante devido a transformação digital que estamos passando. Muito se fala em período integral de estudo também para que o jovem possa passar mais tempo na escola.

O investimento em escolas públicas é bastante necessário mas, ainda é difícil aplicar mecanismos técnicos eficientes em todas elas, disse o deputado Francisco Jr. (PSD/GO), membro da Comissão.

O assessor especial do MEC, Marco Antônio, falou das redes federais de ensino, as universidades públicas e o que elas produzem por exemplo, que são material de revista cientifica: mais de 100 por ano e, muita pesquisa e ciência. “Alguns dos polos de inovação são unidades de pesquisa que apoiam cientistas e pesquisadores que querem investir em tecnologia”, garante.  

A deputada Ângela Amin (PP/SC) falou do desafio em como preparar o aluno que hoje precisa de tecnologia digital. Como fazer isso?