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segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

Ah, o Rio...



Caramba, Rio. Não falei de você. Te vi, te curti, me maravilhei com você e, não falei de você. Que feio. Como pude. Me perdoe. Pois, vamos resolver isso já. Falá-lo-ei de ostê!

Imprudência minha ter ido a tantos lugares incríveis como os que a cidade do Rio de Janeiro oferece e não os tocar no assunto. Também pudera é tanta coisa pra fazer durante a vida que torna-se quase obsoleto falar sobre as férias, não que isso seja irrelevante, ao contrário, é super importante, por isso, pretendo me ater a escrever com mais pontualidade sobre os meus acontecimentos diários e factuais, marcantes e legais como minhas viagens.

Apaixonadamente, me recordo da praia do Leblon. Divinamente deslumbrante aquele mar não podia me decepcionar. Que coisa maravilhosa, as gaivotas voando, os surfistas com neoprene (aquela roupa especial que eles usam para proteger-se do frio que encaram ao surfar, pegar ondas no mar) e, os kitesurfistas, pouco exibidos com aquelas pipas gigantes sobrevoando as pessoas, peixes e tubarões no mar gelado, que chega a congelar em alguns pontos como os do Polo Norte e os da Groenlândia. Nossa, não preciso exagerar e ir tão longe, vou ficar pelo Rio mesmo, Copacabana.

Bom, o fato é que eu invejo eles, os surfistas de pipas. Acho que não saberia nem ficar em pé em cima de uma prancha daquelas. Não que eu quisesse, tão pouco, mas não obstante, ser como eles, não, não é isso, eu poderia me ater em somente admirá-los e quem sabe registrar os momentos por uma máquina fotográfica. Gente, máquina fotográfica, quem ainda no mundo usa uma máquina de tirar fotos, ainda mais para ir para a praia? Se não for profissional, acho que ninguém. Seria muito mais interessante e inteligente um celular que tira foto, já que todo mundo tira foto hoje pelo celular? Sim. Claro que sim. Quer dizer, deve ter algum gato pingado ou um ser humano diferente que não. Mas, ok. Não vem ao caso.

Voltando ao passeio pela praia do Leblon me ative a recordar as duas lindas e encantadoras pessoas que conheci em Ipanema e que me chamaram para sentar próximo à elas. Como eu tinha ido ao Rio para o casamento de uma amiga, me dei umas horinhas de descanso para caminhar na praia. Naquele momento eu estava sozinha e, eles gentilmente, me convidaram a aproximar e conversar. Foi super engraçado porque eu estava morrendo de vergonha ali sentada em frente ao mar assistindo as pessoas caminharem e entrando no mar com suas famílias e filhos e vizinhos, cachorros, periquito e papagaio, digo, os últimos dois animais não, não haviam lá, até porque não é possível ver nenhum animal voador em Ipanema que não seja pombo, passarinho ou gaivota, logo, seria impossível ver um deles, periquito ou papagaio, por lá, nem tão pouco um deles entrar no mar, eles seriam afogados imediatamente por uma onda inescrupulosa e malvada. Mas, sim, a praia estava cheia de gente.

Ah, me lembro que tinha um rapaz francês, de Paris, o Peter e, uma alemã de Berlin, a magnífica Sarah, que doce e amável, me convidou a ir a sua casa depois de conversamos longas horas. Ela era muito simpática e atenciosa e, foi uma delícia fazer amizade com ela, tipo, pessoas que eu nunca tinha visto na vida e pior, não sabia da onde tinham vindo, quem os tinha colocado ali naquela hora e naquele lugar. Acho que daí a gente tira o grande mistério da vida. Quanto menos você sabe da pessoa, da onde ela veio, família, essas coisas, mais interessante ela fica. A Sarah parecia ser uma menina tímida, mas ao conversarmos percebi uma menina alegre e muito interessada em aprender coisas novas. Apesar de falar alemão nos comunicamos bem em inglês e eu conseguia perceber a curiosidade dela em saber mais sobre o Brasil e o Rio de Janeiro. Quando eu disse que ia encontrar um amigo depois da praia para ir ao Museu do Amanhã, museu tradicional do Rio que faz referência a inovações e futurismo contemporâneo, ela logo se interessou e perguntou se podia ir também, comigo.

- Sério! Museu do Amanhã? Disse ela, entusiasmada. Waw. Aonde fica? Posso ir com você? Porque amanhã? É um museu que fala do que vai acontecer amanhã? E depois de amanhã? Ele não fala sobre isso?

- hahahaha. Não sei porque o nome Museu do Amanhã, realmente deve ser porque ele remete às exposições que vão acontecer no futuro, com debates negativos e positivos que enfrentamos hoje, sobre desafios da modernidade e, alimentação, por exemplo é o tema que ele contempla agora. Eu respondi. - Como vamos alimentar a população em 2050? O mundo vai conseguir? Esse é o tema da exposição que está lá. Então, imagino que o nome seja por isso. Te estimula a pensar o mundo daqui uns anos. Disse eu aflita por tantas perguntas ao mesmo tempo.

Eu respondi meio agoniada aos questionamentos de Sarah que eram muitos e me pareceram mesmo pertinentes para a ocasião. Afinal de contas, como não pensar em algo tão trivial e casual como o porque do nome de um Museu do Amanhã.

Me conformei com a situação que me parecia nobre e inquietadora para pesquisar mais detalhes. Enquanto ela saiu pra dar uma volta eu fui pesquisar o significado do nome do Museu. Santo celular que inventaram que qualquer dúvida sobre qualquer coisa você pode tirar em qualquer hora a qualquer momento. Genial mesmo. Vamos agradecer a todos que criaram os celulares no mundo porque foi uma benção. China, valeu. Não que antes as pessoas eram menos intelectuais ou menos curiosas, interessantes, não é isso, não, nada a ver, mas é que acho que as pessoas não tinham acesso a informação tão rápido e em um curto intervalo de tempo como têm agora. Isso é um fato. Um feito.

Por exemplo, é estimável as pessoas quando tinham que estudar um objeto, ter que passar horas estudando determinado assunto, seja na biblioteca ou em universidades, locais que concentravam enciclopédias antigas, ou museus e lugares que os colecionadores ficavam se aprofundando e escrevendo sobre as pesquisas que faziam. As pessoas estudavam.

Bom, por hora é isso. Eu me despeço aqui, gente, do Rio e, de vocês. Quem sabe em outra edição ou artigo eu me aprofunde mais sobre as beldades da cidade que foi palco de Rui Barbosa e tem hoje como saudação o Museu do Amanhã e a casa Imperial Real que esconde milhares de exemplares como a cadeira do reverenciado Machado, o grande e querido Machado de Assis, escritor carioca contemporâneo e crítico pensador erudito. Lá é possível encontrar algumas pérolas literárias. Isso mesmo. E, ele tem também uma cadeira de escrever até hoje lá, no Palácio Imperial Real do Rio de Janeiro. Isso não é formidável?















segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

China chega com vontade na tecnologia de Inteligência Artificial e, o Brasil... Caminha


Indústria chinesa de smartphone vai investir US$7 bilhões de dólares em celulares nos próximos anos



É Interessante analisar o quanto evoluímos em tecnologia e o quanto caminhamos em inteligência artificial. Acho que caminhar seria uma boa palavra para o Brasil que anda a passos lentos na pesquisa e inovação de eletrônicos. Mesmo assim, imaginar que fabricaremos celulares e que vamos vender ainda é uma realidade muito distante... A China ainda bem, faz por nós. China, vizinha distante, Xièxiè ni (obrigada em chinês).
   
Na semana passada, a agência internacional de notícias “Reuters” anunciou que a Empresa Chinesa, Xiaomi pretende investir esse ano a pequena quantia de algumas cifras que não pretendemos ver em reais tão cedo indo para ciência e tecnologia, de U$$ 7 bilhões de dólares, isto é, cerca de R$ 28 milhões de reais.

Irrisório esse valor pra quem gasta cerca de R$ 600, R$ 700 ou até R$ 2.000,00 em um telefone pronto que sai da loja quentinho, na forma e, que usa muito, praticamente o dia inteiro. Somadas essas perspectivas de utilidade, mais o 5º lugar no Ranking Global segundo a Agência Brasil, seguidos dos países asiáticos, Indonésia, Tailândia, China e Coreia do Sul, os brasileiros passam cerca de 3 horas por dia do seu tempo usando um Smartphone. Ok, tudo bem, mas o que isso significa? Significa que vamos continuar comprando telefones celulares e não fabricaremos nada deles por enquanto. Brasília, eu me arriscaria a dizer ainda, deve estar em quarto lugar seguindo São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, talvez. Ou Curitiba? Não sei, mas no cálculo nacional eu me atreveria a dizer isso.  

Se for pensar Brasil, eu perco a conta. Mesmo sendo boa em matemática não sei se seria trivial fazer esse cálculo agora. Não vou criar nenhuma equação para essa análise, artigo, Stephen Hawking, me perdoe.

Ainda assim, os cientistas da comunicação, àqueles de análises de dados, como o conterrâneo Ronaldo Lemos, da Folha de São Paulo, também corroboram para a análise. Ele jogou um dado interessante referente ao crescimento da Inteligência Artificial, no mundo, sobre consumo e reconhecimento da dados, essa semana. Ele disse que algumas lojas de departamento dos Estados Unidos, por exemplo, já ambicionam como a China já faz, a entrega de um produto sem que precisemos usar o dinheiro, espécie, isso mesmo, a loja faz a leitura do rosto da pessoa enquanto ela está dentro do local fazendo compras e, computa o débito do tênis sem ela precisar ir ao caixa da loja, por exemplo.

Isso mesmo! A pessoa entra e sai do estabelecimento sem falar com ninguém e a loja a reconhece por meio de reconhecimento facial. É amigo, consumidor, você não vai mais precisar "abrir a carteira” para comprar qualquer coisa que seja em uma loja, no futuro. Não vai.

Essa economia de tempo gerada então já existe e, é real. Poderemos, portanto, logo mais, dar adeus ao dinheiro, cédulas companheiras de décadas, e também good by ao cartão de crédito e, aderir cada vez mais ao pagamento por celular, aquele feito por meio do código QR, sabe? Sim! Poderemos. Isso já acontece de fato, porém, então, vamos correr para pegar, acompanhar tudo isso. Hehe.

É tecnologia... Você nos roubou tudo, quase tudo, as cédulas de papel modernas, impressas com tanto carinho pelo Banco Central. Até o livro está indo embora para dar lugar aos Kindles. Oba, que ironia a minha. A formosa carteira que os homens tanto apreciam tirar do bolso quando vão pagar a conta no supermercado também. Ela vai morrer. Vai mesmo? Será? Alguém por aqui pode me dizer? Tomara que sim, vamos usá-la enquanto há tempo, com moderação e, aproveitar galera, porque daqui a pouco, ela não vai existir mais...­ Eu acho q não...




sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

Brasil poderá lançar foguetes





MCTIC pretende lançar satélites espaciais em 2021 na Base de Alcântara localizada no Estado do Maranhão e quer unificar as duas maiores agências de fomento do país, CAPES e CNPq

O ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação (MCTIC) se reuniu na Câmara dos Deputados, no dia  4 de dezembro, para anunciar a possível junção das agências de fomento à cientistas e pesquisadores, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e também para  debater a implantação do novo Centro Espacial de Alcântara no Maranhão.

Recém aprovado pelo Congresso Nacional o decreto que fala do acordo entre Brasil e Estados Unidos sobre a implementação da Base de Alcântara segue agora para ser analisado no Senado Federal. O município de Alcântara concentra uma população de 21.000 habitantes e está a 30 quilômetros da capital do Estado do Maranhão, São Luiz. A comunidade local em sua maioria é quilombola e por isso, tem gerado controvérsias a ativação do Centro. O Congresso pretende ouvir representantes locais sobre o tema.

O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação (MTCIT), Marcos Pontes, falou que o acordo, transformado hoje em Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 523/19 permitirá que a base de foguetes localizado na cidade lance e comercialize foguetes e satélites. A tecnologia usada pertence aos Estados Unidos e permite que Institutos de pesquisa e desenvolvimento, bem como Institutos brasileiros e empresas da área de Tecnologia possam usufruir do espaço para fazer estudo e pesquisa. “O Centro será comercial e poderá também fazer parcerias com empresas nacionais e internacionais”.

O foguete G3, um dos foguetes que está sendo estudado junto à Aeronáutica, segundo o ministro vai ser fabricado com fibra ótica que é o que a Marinha tem de mais alta tecnologia sendo desenvolvido no Brasil. Ele explica que o comando do ministério da Defesa está dando auxílio junto ao da ministra de Estado da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves.


Fusão Capes e CNPq
O MCTI está estudando com as maiores agências de fomento do país, CAPES e CNPq a junção de ambas. Segundo a oposição do governo, a unificação das duas agências seria ruim para o país que oferece hoje a um cientista de doutorado, por exemplo, uma bolsa de estudo no valor de R$ 2.200 reais.

A deputada Fernanda Melchionna (PSOL/RS) falou que a comunidade acadêmica não concorda com a decisão do governo e disse que isso não vai mudar a falta de recursos que os cientistas das universidades estão. “Não temos orçamento suficiente em Ciência e Tecnologia e essa fusão não trará aos estudantes a melhora do salário dos bolsistas”, avalia a parlamentar.

O diretor de Cooperação Institucional do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico do CNPq, Vilson Almeida, explicou que existe uma diferença grande entre as duas instituições e que por isso é importante deixar claro como as duas instituições funcionam, bem como sua atuação e, que unificar as agências traria resultados futuros positivos.

A CAPES é responsável pelo sistema de pós-graduação dos estudantes que querem estudar fora e o CPNq atua como forma de apoio aos estudantes oferecendo bolsas de mestrado e doutorado. “Ambas agências têm projetos de pesquisa e auxiliam universidades com o uso de bolsas de estudos de mestrado e doutorado, mas com atuações diferentes, explica Almeida. “Estudantes podem ter a possibilidade de ir para fora do país com diversas formas de apoio oferecidas pelo governo brasileiro”.

As dificuldades para quem quer estudar fora são enormes, mas segundo o especialista alguns projetos pilotos do CNPq estão sendo implantados para ajudar pesquisadores. Segundo o especialista, países como China, Singapura e Noruega tem cerca de 60% dos seus pesquisadores estudando fora de seu território contra somente 18% no Brasil. Programas como “Inova Talentos” em parceria com CNI e Sebrae que auxilia estudantes, bem como o “Centelha”, serão implantados, anunciou o CNPq.

O Conselho também falou da seleção de projetos que estão sendo articulados com instituições estaduais e federais, possibilitando às cidades e aos municípios a implementação dos programas. Alguns Institutos Federais foram responsáveis por realizar cerca de 855 patentes em produtos brasileiros e mais de 400 programas de Institutos de Pesquisa dos Estados e Municípios participaram nos últimos anos. “Cerca de R$ 40 milhões de reais foram disponibilizados pelo CNPq aos Institutos de Pesquisa nas áreas de saúde e expedições científicas”, afirmou o diretor do órgão, Vilson Almeida.

Base de Alcântara
A deputada  Luiza Erundina (Psol-SP) reclamou da comunicação do ministério com o parlamento que deveria ser melhor em relação ao andamento do grupo de trabalho que vem sendo analisado por especialistas em ciência e tecnologia sobre a implantação da Base de Alcântara e a comunidade quilombola. “Já que haverá um profundo impacto com a comunidade precisamos convidá-los para que junto com a convenção da Agência Internacional de Trabalho (OIT), possamos conversar com a população”.

O uso do Centro Espacial de Alcântara deverá ser melhor auxiliado pelo Congresso Nacional ao longo do próximo ano, pois eles defendem que a população quilombola não deve ser afetada. “Dezenas de pessoas que moram na região e vivem da pesca, por exemplo, terão que sair do local. “Queremos alinhar com o governo a melhor maneira para que a população não seja prejudicada”, afirma a parlamentar.

O deputado Bira do Pindaré (PSB/MA) citou o artigo 19 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) que diz que a população local deve ser preservada. “Como será a implantação da Base em Alcântara? A maioria da população brasileira apoia a construção do centro e de empresas lá, mas como isso será na prática?", questiona o parlamentar.

Ciência e Tecnologia
Marcos Pontes falou que o país precisa investir mais em ciência e tecnologia e energias renováveis e por isso o ministério vêm trabalhando constante essa agenda. “Nós sabemos da importância de empresas como FINEP e por isso pretendemos fazer o lançamento de laboratórios de inteligência artificial (IA) em breve. Precisamos produzir riquezas, pesquisa e desenvolvimento”, garante. Um dos locais que o ministério estuda criar os laboratórios de IA são Altamira no Estado do Pará na Universidade Estadual e na Amazônia.









quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Previdência, se foi. Lá vem a Reforma Tributária e depois? Cadê a ciência?




Ao longo dos últimos anos cobrindo o Congresso Nacional como repórter de ciência, pude perceber a ênfase no debate para aprovação da Reforma da Previdência, inócua pelo fato de não melhorar o teto de recebimento da aposentadoria do trabalhador que vai se aposentar no futuro e também por não conceder ao jovem, subsídio para ele receber mais ou proporcional ao tempo de serviço e idade, como é o sistema previdenciário atual. Tudo bem que temos um déficit enorme da União, mas na prática não vi muita melhora para os trabalhadores em geral.

E, o que é pior... Pararam de falar sobre isso.

Parte superior do formulárioParte inferior do formulárioPrecisamos entender melhor esse assunto. Como se aprende matemática na escola, por exemplo. Quem vai ensinar educação previdenciária para o Senhor José dono da padaria ou à dona Maria que é microempreendedora?

Tendo em vista que população idosa no Brasil e no mundo está crescendo, é alarmante imaginar como a máquina pública irá sustentar os milhares de contribuintes que vão se aposentar. Essa tendência que tende a aumentar ainda mais por conta da taxa de natalidade que abaixou, não fecha a conta. Pelo contrário, traz mais preocupação para quem vai se aposentar no futuro.

Recém aprovada no Congresso Nacional pelas duas casas, Câmara e Senado, é hora de falar de outra reforma, a Reforma Tributária, outro tema bastante controverso e que converge com a situação crítica emergente do Brasil que hoje é um dos países que mais paga impostos no mundo. O contribuinte que ganha, por exemplo, R$ 5.000,00, paga 27,5 % desse dinheiro para o governo, isto é, quase 30% do salário, fica para os cofres públicos. E, o retorno que temos em educação gratuita e saúde de qualidade? São excelentes, diga-se de passagem.

É por isso que, em meio a esse conflituoso debate apurado todos os dias pelo regime bicameral do Parlamento brasileiro que torna-se claro e emergencial a reforma. Além disso, áreas relevantes como educação e, ciência e tecnologia, precisam estar na pauta do governo diariamente. Não dá pra aceitar que a base da formação das crianças desse país não seja prioridade. Não é factual não falar sobre isso. Convenhamos.

Autores como o ex-ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Celso Pansera, Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Associação dos Dirigentes das Universidades Federais (Andifes), estão sempre presentes no debate lutando pelos estudantes das universidades e pesquisadores das empresas e indústrias. Não é admissível permitir que essa pauta esteja fora da agenda do presidente da República, Jair Bolsonaro. Ainda mais com o advento da política externa do país em crescimento. Onde estão os números e os dados em pesquisa e desenvolvimento do país na ponta da língua do Chefe de Estado?

No entanto, cabe um adento. A fala do novo ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Marcos Pontes, declarada no último encontro que teve no Tribunal de Contas da União (TCU), no mês passado, sobre Inovação, de que ele pretende criar cerca de sete laboratórios de inteligência artificial para o ano que vem, deixou a sociedade mais animada. O brasileiro se sente mais entusiasmado em ver tanta coisa legal acontecendo.

Mas, vamos acompanhar de perto e ver essa ideia ser aplicada na indústria e nas universidades, de fato. Vamos acompanhar.

Alcântara, a base de foguetes que está localizada no litoral Maranhense, já foi aprovada pelo Congresso. O decreto de Lei que retoma o debate que trata do uso da tecnologia existente entre Estados Unidos e Brasil pra o uso da Base de foguetes já encontra-se no Senado e será analisada por especialistas da área em breve, acerca do uso adequado, bem como a utilização do espaço na região que não está sendo, infelizmente, muito bem vista pelos olhos dos moradores locais.

A Base de Alcântara faz parte do acordo entre Brasil e Estados Unidos que legitima o país a fazer uso da tecnologia para exportação de foguetes que são em sua maioria feitos e produzidos pelo amigo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e que poderia inclusive, atrair países em desenvolvimento como o Japão atraindo assim mais novas futuras parcerias.

É, ciência... Vamos ter calma. Muita calma nessa hora... Muita coisa ainda vai acontecer.

sexta-feira, 15 de novembro de 2019

Se aprochegue



Fala, galerinha! E, aí como vai vocês?!

Olha, a palavra de hoje é pouco usual, mas de origem nordestina, mineira também talvez um pouco, e de um charme... É ela, na verdade ele, no infinitivo, o verbo: aprochegar.

"Se aprochegue e venha sentar-se conosco, com a gente. Venha menino e fique aqui junto de nós. Venha, sente aqui".

Esse jeito de falar na segunda pessoa do singular é bem característico do nordestino que usa a fala de forma cantada, como se fosse dar ênfase ao objeto, no caso, o menino, que é o sujeito da oração que forma a frase e a faz parecer meio que música. As combinações das sílabas com os fonemas geram uma certa harmonia, que acho parecer uma conjugação de símbolos misturados.

Segundo o Dicionário Houaiss, aprochegar vem de apro (ximar) + chegar, chegar bem perto, aproximar-se, achegar-se, abeirar-se, colar em alguém, como usamos informalmente (gíria).

É como se você desse destaque, insistisse em algo, reafirmasse, aquilo que já foi dito. Isso é bastante trivial nos diálogos do dia a dia.

No livro Grande Sertão Veredas do escritor romancista moderno, João Guimarães Rosa, é muito comum você encontrar referências da língua usada de maneira enfática àquilo que o autor deseja falar com intensidade, como na frase do livro que ele afirma: "O senhor saiba: em toda a minha vida pensei por mim, sou nascido diferente. Eu sou eu mesmo. Divirjo de todo o mundo". (Teve uma frase na prova do ENEM aplicada semana passada que eles usaram no caderno de prova essa frase "Eu sou eu mesmo), inclusive.

Na frase, ele fala para alguém, talvez Diadorim... Se bem que, acho que não, ele tinha um amor tão grande pela "amada" que pelo sentido da frase, contexto, contrário ao que parece, meio hostil, não, não era Diadorim, seu personagem favorito do livro, mas sim, talvez um sertanejo ou viajante que percorria o trecho do Sertão de Minas Gerais com ele, Rosa, a cavalo, desbravando as terras de lá.

Então, em referência ao que eu falei anteriormente: "Se aprochegue, venha sentar-se conosco. Venha menino tomar café, sente aqui, converge com a frase do livro que diz: "O senhor saiba que em toda a minha vida pensei por mim, sou nascido diferente. Eu sou eu mesmo. Divirjo de todo o mundo", portanto. No livro, ele enfatiza, intensifica a fala dando destaque ao verbo pensar que se dirige à alguém que está falando de si ou de outra pessoa.

Bom, por hoje é isso... Bom dia da Proclamação da República para todos.

Até!


sexta-feira, 1 de novembro de 2019

O que escrever? Tem tanta coisa pra ler...



No livro do Allan Percy que ele cita trechos do escritor e dramaturgo britânico Oscar Wilde, ele diz que existem duas regras claras para escrever: ter algo a dizer e dizê-lo.

"Essa é a síntese mais brilhante que conheço sobre o que é necessário para escrever, um prazer quase físico, pois nos permite reviver as mais belas experiências por meio de sua reconstituição no papel".

"Outro que teorizou brilhantemente sua paixão pelas palavras foi Ernest Hemingway, que aconselhava os jovens escritores a focar "naquilo que há, e não naquilo que não há", afirma Percy.

Há, legal, mas na última estrofe aí... vou descordar, pois, há escritores de fantasia como a J.K. Rowling, por exemplo, que focava exatamente na utopia, no imaginário e na ilusão de algo que não existia, que ia além da imaginação, como fez ao escrever, Harry Porter.

Por isso, hoje, meus caros leitores, trago a vocês um pouco da pesquisa que fiz sobre Linguagem e Comunicação Digital. Nada muito extenso. Um resumo leve, pouco técnico, do que pesquiso...


A Era digital e a linguagem técnica na contemporaneidade

A era pós-moderna de hoje é consequência das grandes transformações que passamos, entre elas a digital. Esse conceito “pós modernidade” vêm da sociologia histórica designada pela condição sociocultural e estética dominante após a queda do Muro de Berlim (1789) na Alemanha, com o colapso da União Soviética e a crise de ideologias nas sociedades ocidentais no final do século XX. Foi nessa época que a referência à razão como garantia das possibilidades de compreensão do mundo ganhou força através de esquemas totalizantes.

Em “A Condição Pós-Moderna” de François Lyotard, o autor define a terminologia como a decorrência da morte das "grandes narrativas" fundadas na crença do progresso e nos ideais iluministas de igualdade, liberdade e fraternidade, que foram os princípios norteados pela Revolução Francesa (1789-1799), período de intensa agitação política e social na França e, que teve um impacto grande na história do país e em todo o continente europeu.

No Brasil, não obstante, esses movimentos de vanguarda surgidos na Europa influenciaram bastante a literatura e os artistas. A indústria, marcada pela consequente produção de massa atingida pela revolução do século XIX, a luta de classes, os Estados reguladores e os partidos definindo suas ideologias, fizeram o mundo observar a crescente globalização acender. Assim, o transporte ganhou destaque. Com isso, o avanço do trem, veículos a vapor, locomotivas e automóveis começaram a surgir, e então, a concorrência do mercado automobilístico mundial.
Essa tendência teve um amplo destaque em meados do século XVIII e levou o indivíduo a se adaptar às rápidas transformações. No Brasil, o veículo automóvel chega em 1893 trazido pelo aviador Santos Drummond, após ter sido lançado mundialmente na França, Paris, em 1889. Nesse período, não havia rádio, televisão, nem tão pouco telefone. Por isso, a informação era mais lenta, o mundo demorava a saber dos principais acontecimentos e inovações vindos da Europa

Em 1901, portanto, em consequência dos avanços da pós-modernidade, o italiano Guglielmo Marconi, recebeu o Prêmio Nobel de Física por estabelecer em linha telefônica os sinais de rádio que deram origem a invenção do “telégrafo sem fio”. Nesse período, o pai do telefone, o escocês Alexander Graham Bell, inventava o telefone por meio de um estudo desenvolvido por um sistema de educação para surdos.

Paralelo ao que foi descoberto e influenciado pela comunicação de massa na sociedade contemporânea, identificamos alguns desafios no cenário atual, um deles, a chegada da tecnologia digital.
A velocidade ao qual a informação chega hoje à casa, seja pela mídia, seja pelo celular, de maneira muita rápida, é midiática e tende a ficar cada vez mais instantânea. A Internet, com pouco mais de 50 anos, se popularizou e fez da notícia, por exemplo, um movimento global. O celular, quase o melhor amigo de bolso do homem, às vezes até mais concorrido do que a própria carteira, tem menos ainda, cerca de 46 anos.

E, mesmo assim, com toda essa evolução, como a linguagem virtual e as redes sociais, vão afetar a vida e o trabalho do indivíduo amanhã e, o quanto o homem ainda vai mudar a maneira de pensar sobre a comunicação do futuro? Como ela será?   

segunda-feira, 14 de outubro de 2019

Infinitivo e particípio




Infinitivo, ele ama falar
Que delícia encontrar a palavra ideal para rimar
Que amargura deve ser escrever e não encontrar
Sinônimos das palavras terminadas em ar

Acho uma delícia brincar de falar
Fala pra ele que é uma maravilha cantar
Que desperdício de tempo não assobiar
É uma alegria imensa brincar a luz do luar

Infinitivo verbo amar
Me leva daqui pra-co lá
Me leva naquele jardim que tem aquele pomar
Me faz encontrar aquela árvore linda rosa a iluminar

Amo de paixão rimar para exaltar
Nada como animar o dia caído como particípio
Não que eu não goste do particípio alado, desanimado, nada disso
É que ele é muito calado, tipo, muito ríspido, pra lá de quadrado