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quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Vida, arte, música e poesia


O ano se aproxima do fim. Começam as amigas nostalgia e crença a questionar o que você fez de útil, o que contribui para a sociedade. Usou seu tempo da melhor maneira? Contribuiu suficiente aos seus e aos amigos como deveria? Afinal, isso importa?

Importa servir àqueles que são próximos a nós. De certa forma, nos conforta o coração, embora saibamos que por vezes a solidão seja necessária. A doação é inerente a todos, humanos e animais. É instintivo e primitivo ajudar o outro. Além disso, aprendemos com a experiência do outro o que desconhecemos. Não é preciso viver tudo que se almeja para entender da vida. Basta um pouco de inteligência e sabedoria para entender um pouco dela. 

Ao mesmo tempo somos reféns de uma sociedade capitalista que exige que sejamos melhor com o tempo. Na verdade, ela inverte os valores morais aos quais o humano considera honestamente verdadeiro para ser feliz ao nos induzir ao consumo, luxo e excesso de bens materiais.

Por vezes eu me culpo em demasia por não me achar parte desse mundo. Não que eu seja diferente, pertenço a mesma raça que você que lê o artigo, mas não me enquadro no perfil burguês, acomodado e míope de alguns cidadãos, não me encaixo na sociedade que enaltece o belo como figura física propriamente dita, como se fosse o real significado de felicidade e plenitude. Penso que ambas são estados de espírito ao qual determinados momentos podem proporcionar.

Sejamos mais honestos conosco e olhemos para dentro para entender qual a nossa missão e o que de mais benéfico e interessante se pode deixar para a geração e para o mundo. 

Quanto mais eu vivo mais me convenço de que a alegria da vida está nas coisas simples. Que o dinheiro é maravilhoso e te proporcionará viver e viajar para lugares incríveis, sim ele vai. Mas, o mais absurdamente grande e esplêndido é assistir há uma apresentação de orquestra. É perceber as notas que entram em harmonia instrumento a instrumento. É compreender o maestro reger um grupo de músicos sem admitir o erro, é ele buscar a perfeição sonora entre as partes do todo. É a mágica que nasce do enredo de uma poesia. Isso me faz compreender que a vida não teria sentido sem a arte e o quão ela é importante para nos conectarmos com o que verdadeiramente existe de belo no mundo. 

Eu agradeço por sentir a emoção saborosa e intensa ao ouvir um poema sinfônico. Agradeço aos grandes mestres por nos presentear com sons excentricamente lindos e poderosos. 

Sejamos mais música por onde passar
Mais pássaros a encantar
Mais luz a brilhar
Mais amor e afeto a dar
Mais felizes no duro andar do caminhar





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