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quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Previdência, se foi. Lá vem a Reforma Tributária e depois? Cadê a ciência?




Ao longo dos últimos anos cobrindo o Congresso Nacional como repórter de ciência, pude perceber a ênfase no debate para aprovação da Reforma da Previdência, inócua pelo fato de não melhorar o teto de recebimento da aposentadoria do trabalhador que vai se aposentar no futuro e também por não conceder ao jovem, subsídio para ele receber mais ou proporcional ao tempo de serviço e idade, como é o sistema previdenciário atual. Tudo bem que temos um déficit enorme da União, mas na prática não vi muita melhora para os trabalhadores em geral.

E, o que é pior... Pararam de falar sobre isso.

Parte superior do formulárioParte inferior do formulárioPrecisamos entender melhor esse assunto. Como se aprende matemática na escola, por exemplo. Quem vai ensinar educação previdenciária para o Senhor José dono da padaria ou à dona Maria que é microempreendedora?

Tendo em vista que população idosa no Brasil e no mundo está crescendo, é alarmante imaginar como a máquina pública irá sustentar os milhares de contribuintes que vão se aposentar. Essa tendência que tende a aumentar ainda mais por conta da taxa de natalidade que abaixou, não fecha a conta. Pelo contrário, traz mais preocupação para quem vai se aposentar no futuro.

Recém aprovada no Congresso Nacional pelas duas casas, Câmara e Senado, é hora de falar de outra reforma, a Reforma Tributária, outro tema bastante controverso e que converge com a situação crítica emergente do Brasil que hoje é um dos países que mais paga impostos no mundo. O contribuinte que ganha, por exemplo, R$ 5.000,00, paga 27,5 % desse dinheiro para o governo, isto é, quase 30% do salário, fica para os cofres públicos. E, o retorno que temos em educação gratuita e saúde de qualidade? São excelentes, diga-se de passagem.

É por isso que, em meio a esse conflituoso debate apurado todos os dias pelo regime bicameral do Parlamento brasileiro que torna-se claro e emergencial a reforma. Além disso, áreas relevantes como educação e, ciência e tecnologia, precisam estar na pauta do governo diariamente. Não dá pra aceitar que a base da formação das crianças desse país não seja prioridade. Não é factual não falar sobre isso. Convenhamos.

Autores como o ex-ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Celso Pansera, Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Associação dos Dirigentes das Universidades Federais (Andifes), estão sempre presentes no debate lutando pelos estudantes das universidades e pesquisadores das empresas e indústrias. Não é admissível permitir que essa pauta esteja fora da agenda do presidente da República, Jair Bolsonaro. Ainda mais com o advento da política externa do país em crescimento. Onde estão os números e os dados em pesquisa e desenvolvimento do país na ponta da língua do Chefe de Estado?

No entanto, cabe um adento. A fala do novo ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Marcos Pontes, declarada no último encontro que teve no Tribunal de Contas da União (TCU), no mês passado, sobre Inovação, de que ele pretende criar cerca de sete laboratórios de inteligência artificial para o ano que vem, deixou a sociedade mais animada. O brasileiro se sente mais entusiasmado em ver tanta coisa legal acontecendo.

Mas, vamos acompanhar de perto e ver essa ideia ser aplicada na indústria e nas universidades, de fato. Vamos acompanhar.

Alcântara, a base de foguetes que está localizada no litoral Maranhense, já foi aprovada pelo Congresso. O decreto de Lei que retoma o debate que trata do uso da tecnologia existente entre Estados Unidos e Brasil pra o uso da Base de foguetes já encontra-se no Senado e será analisada por especialistas da área em breve, acerca do uso adequado, bem como a utilização do espaço na região que não está sendo, infelizmente, muito bem vista pelos olhos dos moradores locais.

A Base de Alcântara faz parte do acordo entre Brasil e Estados Unidos que legitima o país a fazer uso da tecnologia para exportação de foguetes que são em sua maioria feitos e produzidos pelo amigo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e que poderia inclusive, atrair países em desenvolvimento como o Japão atraindo assim mais novas futuras parcerias.

É, ciência... Vamos ter calma. Muita calma nessa hora... Muita coisa ainda vai acontecer.

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