quinta-feira, 1 de outubro de 2020

“A vacina do COVID-19 terá o custo de US$ 3 dólares e em maio de 2021 poderá estar pronta”

Presidente da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade, diz que o andamento da vacina contra o COVID-19 está em progresso

AstraZeneca, Anvisa e Parlamento debatem o tema



O teste sobre a vacina do COVID-19 foi interrompido por um certo tempo por causa de um paciente, voluntário, que teve reação negativa, no Reino Unido. Depois disso, o mundo ficou aguardando respostas acerca do segundo passo que seria dado na aplicabilidade da vacina.

Na reunião que a Câmara dos Deputados fez ontem, dia 30 de setembro de 2020, na Comissão Externa em combate ao Coronavírus, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) falou que ainda há muitas dúvidas sobre a Covid-19 e que os pesquisadores tem muitas incertezas sobre a eficácia. “Apesar da pausa que houve nos ensaios de fase 3 da produção da vacina, Bio-Manguinhos que é o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos, unidade da Fiocruz, continuou dando apoio à Universidade de Oxford e a empresa Biofarmacêutica, AstraZeneca”, explica a presidente da Fundação, Nísia Trindade. Ela disse que, em conjunto com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a Fiocruz estará pronta para entregar a vacina em maio do ano que vem a um custo de US$ 3 dólares a unidade.

Os cerca de 12.330 voluntários do Reino Unido que estão fazendo o teste da vacina contra 10.000 do Brasil, mais os que estão nos Estados Unidos, África do Sul, Índia, Japão e Rússia, somam um total de 57.763 mil pessoas. Hoje, no mundo, são elas que testam a vacina que vai combater o vilão COVID-19 que já matou milhares de pessoas.

Já o ministério da Saúde, por meio do Secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Correia Medeiros, disse que a aprovação da Medida Provisória do Congresso, de R$ 1.9 bilhões de reais veio para apoiar o andamento da produção da vacina. “O Brasil terá acesso a mais de nove vacinas de diferentes tecnologias que vêm sendo produzidas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), diz o ministério da Saúde. Além disso, eles pretendem fazer a campanha sobre a vacinação contra o COVID-19 a partir do ano que vem, assim que a vacina sair.


O Diretor Executivo de Relações Corporativas, Regulatório e Acesso ao Mercado da AstraZeneca do Brasil, Jorge Mazzei, disse que cerca de 3 bilhões de doses já estão sendo produzidas para a vacina contra o Covid-19. “A transferência de tecnologia já vem sendo feita para que o processo de submissão aconteça. Quanto ao atraso que houve, acredito que não vai afetar negativamente. Estamos dentro do cronograma e trabalhando bem alinhados com a Universidade de Oxford, Fiocruz do Brasil e Ministério da Saúde”, garante o diretor da AstraZeneca, Jorge Mazzei.

O gerente de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, Gustavo Mendes, disse que o desenvolvimento clínico da vacina tem sido o mais célere possível. “Queremos segurança para que o registro da vacina seja feito com o maior cuidado possível. O registro leva cerca de 60 dias e deve ser feito diretamente conforme a Nota Técnica 78/2020 da Anvisa, que definimos”, explica Mendes.

O deputado Miguel Lombardi (PL-SP) disse que os avanços foram grandes e que o apoio do parlamento tem sido fundamental na celeridade do andamento da aprovação da vacina.

A deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC) lembrou que deste de fevereiro deste ano a Comissão vêm trabalhando na busca de uma vacina eficaz e de qualidade e que os resultados foram bastante promissores até agora como o custo definido por cada vacina e a resolução da Anvisa.

O presidente da Comissão, deputado Luiz Antônio Teixeira (PP-RJ) disse que pretende, na semana que vem, convidar o ministro da Saúde, Eduardo Pazzuelo, para falar sobre o assunto.


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